Rolando Christian Coelho | 29/03/2023 | Relógio contra Lula anda rápido

Presidente Lula da Silva (PT) trava uma corrida contra o relógio para tentar neutralizar o bolsonarismo em nível nacional. Ele sabe que não dispõe de muito tempo para isto, como também sabe que em um país continental como é o Brasil é preciso muito mais do que discurso ideológico para manter as massas alinhadas: é necessários resposta econômica.
O problema de Lula é que o cenário internacional não é nada favorável para suas pretensões. A guerra na Ucrânia tem freado a economia europeia e preocupado o mercado de capitais. Como ninguém sabe o que de fato pode acontecer, as principais economias do mundo estão jogando na defensiva, prejudicando diretamente aqueles países que são grandes produtores de commodities, como é o caso do Brasil. Isto significa que nossa economia não poderá depender muito do cenário internacional para crescer e gerar estabilidade. Teremos que nos virar por conta própria enquanto a guerra durar.
Na prática, o Brasil não vai quebrar, ou coisa que o valha. Todavia, também não deveremos crescer economicamente ao ponto de o Governo Federal ser endeusado, algo que se observou nas duas primeiras gestões de nosso atual presidente, entre 2003 e 2010, e especialmente entre 2005 e 2008. O Brasil tinha tanto dinheiro, que mesmo diante da roubalheira generalizada, nem o governo, nem nenhuma estatal quebrou.
Lula sabe que para sobrepor o discurso bolsonarista é preciso fazer o Brasil crescer economicamente. O problema é que nada indica isto, com exceção das previsões otimistas. Não à toa o presidente tem buscado estreitar relações bilaterais com diversos países, de modo a garantir clientela para o Brasil. A grande questão é que estes possíveis clientes, pelas mesmas questões que envolvem o Brasil, estão mais preocupados neste momento em vender do que em comprar alguma coisa.

Finais

Pelo andar da carruagem, ex-deputado federal Décio Lima deverá ser mesmo o novo presidente do Sebrae. A articulação para este intento não está sendo fácil. É que o atual presidente do Sebrae, Carlos Melles, foi eleito no final do ano passado para um mandato de dois anos. Para que Décio assuma, é preciso destituir Melles do cargo, o que só é possível com a concordância de onze, dos quinze conselheiros da entidade em nível nacional. Os articuladores do presidente Lula da Silva (PT) anunciaram que conseguiram assegurar os tais onze votos. Décio foi candidato ao Governo do Estado pelo PT no ano passado, levando pela primeira vez o partido ao segundo turno da eleição catarinense. Com Lula presidente, Décio não precisaria estar passando por toda esta exposição. Há cargos no governo bem mais fáceis de serem preenchidos.

Há 19 anos, no dia 29 de março, nossa região “acordava” sob os efeitos do furacão Catarina, o maior fenômeno climático já registrado na história recente do Brasil. Na ocasião, muito se falou sobre o aquecimento do Oceano, que aliado a outros fatores teriam desencadeado um ciclone que se transformou em furacão, causando grandes perdas no Extremo Sul de SC e no litoral Norte do RS. Também na ocasião, líderes políticos de tudo quanto é canto se comprometeram em nutrir esforços para que um termómetro marinho fosse instalado nas cercanias de nossa região, de modo a avisar com antecedência sobre a possibilidade de outro furacão. Sabe-se lá aonde enfiaram o tal do termômetro, mas, por enquanto, ele ainda não foi instalado em nosso litoral. É provável que ainda não tenha dado tempo, afinal de contas se passaram apenas 19 anos.

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