As Secretarias de Agricultura e de Saúde de Santa Rosa do Sul se uniram para trabalhar a conscientização e a prevenção entre as famílias rurais, sobre a brucelose.
A médica veterinária do município Geovana Splinder Coelho, explica que a brucelose é uma doença infecciosa bacteriana e uma zoonose, ou seja, transmissível aos humanos. Atinge o gado, provocando nas vacas o aborto e nos machos a ortite, além de outros problemas como a infecção no útero, retenção de placenta e o nascimento de bezerros fracos. “É uma doença mais comum do que se pensa. O que falta é conscientização do produtor e são realizados poucos exames. Se todos os rebanhos fizessem exame, apareceriam muitos resultados positivos”, diz Geovana. A dificuldade é que nem todo veterinário é autorizado a fazer este tipo de exame. É necessário fazer um curso de habilitação. A própria Geovana está em busca de qualificação e, por enquanto, não pode fazer.
Quando um animal testa positivo para brucelose, é preciso notificar a Cidasc e depois encaminhá-lo para abate sanitário. “O tratamento é proibido, porque o contágio pode continuar acontecendo”, afirma a veterinária. Para que o criador não arque com o prejuízo, existe a possibilidade de indenização do animal pelo Estado.
No ser humano, o tratamento da brucelose é longo e a doença pode ser dolorida, provocando problemas nas articulações e outros. É o que estão enfrentando duas pessoas de Santa Rosa do Sul, cada uma infectada em uma propriedade rural.
A situação preocupa a administração municipal, que na primeira quinzena de julho organizou uma reunião com produtores para tratar do assunto. Segundo Geovana, a brucelose está se expandindo no município. “Os casos em animais estão aumentando. Não sei dizer quantos são, mas nos últimos meses houve um aumento significativo”, alerta.