Rolando Christian Coelho | Péssima hora para crise no governo Moisés

Crise que envolve Polícia Civil pode desencadear em CPI, afastando o MDB do governador Carlos Moisés da Silva

Rolando Christian Coelho, 05/10/2021

Péssima hora para crise no governo Moisés

Governador Carlos Moisés da Silva enfrentou duas graves crises em sua gestão, que acabaram derivando em duas CPIs, ambas vencidas depois de muito custo. Para se livrar da cassação, o governador teve que lotear sua gestão, na busca da famosa estabilidade política.

Com novos secretários de Estado, e uma Assembleia Legislativa, em princípio, aliada, Carlos Moisés começou a sonhar novamente com um projeto de reeleição. Para isto, no entanto, era necessário calmaria política, algo que está sob franca ameaça, por conta da crise aberta com a Polícia Civil catarinense.

Na semana passada o Delegado Geral da Polícia Civil do Estado, Akira Sato, solicitou exoneração do cargo. Nos bastidores as especulações dão conta que ele pediu para deixar a função por conta de supostas pressões, que visariam o acobertamento de investigações de determinadas figuras ligadas ao governador. Nada comprovado, e, tampouco, Akira se manifestou publicamente sobre os fatos.

Meramente pediu para deixar o comando geral da Polícia Civil, e pronto. No entanto, ontem pela manhã o delegado Ricardo Marcelo Casarolli, Diretor de Administração e Finanças da Polícia Civil do Estado, também solicitou exoneração, aumentando as especulações de interferência da gestão estadual no comando da Polícia Civil. Por ora, tudo vem se dando na base do disse, me disse, mas não falta quem queria colocar lenha na fogueira.

Em meio a especulações dando conta que o caso poderá evoluir para uma CPI, o grupo do MDB que não quer que Carlos Moisés se filie ao partido para disputar à reeleição tem se aproveitado da situação. Na via inversa, aqueles que defendem a filiação do governador no partido acabam de ter diante de si um gigantesco abacaxi para ser descascado.

A questão que envolve a crise no comando da Polícia Civil se soma a demandas ligadas a reforma previdenciária, que prejudicaram frontalmente a categoria. Como já há um clima contrário à figura do governador neste seguimento, é provável que a situação se inflame. Hora não poderia ser pior para esta nova crise, principalmente por conta dos recentes conflitos internos do MDB, que deixaram a bola picando para ser aproveitada pelo governador.

O partido, no entanto, que não da conta de resolver suas demandas, tampouco irá querer resolver demandas dos outros.

PSL/SC está com pé atrás por conta da fusão com Democratas

Líderes bolsonaristas de Santa Catarina ligados ao PSL estão começando a ficar de orelha em pé diante da eminente fusão do partido com o Democratas.

De cara, o novo partido, que se chamará União Brasil, não fechará com o presidente Jair Bolsonaro ano que vem. Afora isto, em nosso Estado a futura legenda deverá ser comandada pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, do Democratas. No resumo da ópera, quem for bolsonarista de verdade vai ter que se abrigar em outra legenda.

Falta de participantes na licitação do Faxinal poderia ter sido evitada

Situação que envolveu a inexistência de propostas para a pavimentação da Serra do Faxinal, entre Praia Grande e a divisa com o Rio Grande do Sul, poderia ser facilmente evitada.

Bastaria o Governo do Estado ter se inteirado sobre os preços praticados pelo mercado em relação a uma obra daquela envergadura, de preferência junto a empreiteiras de grande porte, colocando um valor a maior para estimular a concorrência. O ganhador, por óbvio, seria o que ofertasse o menor preço.

Na tentativa de economizar, colocou o preço lá embaixo, desestimulando os possíveis participantes. Sem concorrentes, a licitação tem que voltar a estaca zero. O barato saiu caro.

Sem redes sociais humanidade voltou a ser mais humana

Recebi várias ligações telefônicas ontem, e liguei para várias pessoas também. Conversamos, tratando dos nossos assuntos, na base do téti a téti.

Com várias redes sociais fora do ar, negócio foi voltar ao velho e bom telefonema. Menos prático, mais caro, mas muito mais saudável do que a já quase esquecida ligação telefônica.

A volta da normalidade nos faz refletir sobre o que de fato é normal. Na prática, a desumanização das relações é o que tem norteado a humanidade.

Scaini diz que nova filiação partidária não se dará agora

Prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini, recém desfiliado do PSL, diz que momento não é o de falar em política partidária. De acordo com ele, é natural que haja especulações quanto a seu futuro político, “mas isto, por enquanto, está em segundo plano”.

Conforme Evandro, “o momento é o de abaixar a cabeça e trabalhar pelo desenvolvimento de Balneário Arroio do Silva”. Sem nenhuma pretensão de disputar as eleições do ano que vem, o prefeito ressalta que só deverá se preocupar, efetivamente, em se filiar a algum partido, “em um futuro não tão próximo”.

É provável que a nova filiação de Evandro somente se dê próximo ao pleito eleitoral do ano que vem.

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