Rolando Christian Coelho, 01/09/2021
Mesmo no PSDB, Acélio busca aliados no MDB
Ex-emedebista de Criciúma Acélio Casagrande, figura bastante ligada ao grupo político do ex-governador Eduardo Moreira (MDB), tem contatado líderes do MDB de nossa região objetivando angariar apoio para uma candidatura sua a Assembleia Legislativa ano que vem.
Atualmente, Acélio está filiado ao PSDB, do prefeito criciumense Clésio Salvaro, de quem ele é Secretário Municipal. O PSDB de Criciúma, por sua vez, da cada vez mais a entender que lançará o ex-deputado estadual Cleiton Salvaro como seu candidato ao parlamento catarinense, em uma dobradinha com a deputada federal Geovania de Sá (PSDB).
Em 2014, Cleiton se elegeu pelo PSB, mas não conseguiu se reeleger em 2018. Ele é primo do prefeito Clésio Salvaro, e sobrinho de Henrique Salvaro, figura do meio empresarial bastante conceituada, que provavelmente fará gosto de ver Cleiton eleito mais uma vez.
Encaixar Acélio nessa equação não é tarefa fácil, tanto em Criciúma, quanto em nossa região. Lá há o fator Cleiton Salvaro. Aqui, o PSDB tem nutrido esforços em torno do nome do ex-vice-prefeito de Meleiro, Rogildo Bordignon, que também almeja ser candidato a deputado estadual.
Na tentativa de ampliar sua base, Acélio foca também em líderes do MDB, mas a absoluta maioria já está comprometida com o projeto do ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), ou com o atual deputado estadual Volnei Weber (MDB), nomes que também disputarão a Assembleia ano que vem.
Afora eles, há também a deputada estadual Ada de Luca (MDB), que pretende concorrer a federal, mas que poderá disputar à reeleição, obstruindo ainda mais a tentativa de entrada de Acélio nas bases do MDB aqui do Extremo Sul.
Amim diz que candidatos são Boeira e Ponticelli
Senador Esperidião Amin (PP) diz que não é candidato ao Governo do Estado, e referendou as pré-candidaturas do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli e do ex-deputado federal Jorge Boeira ao comando do governo catarinense. Disse que o nome que o partido indicar terá seu apoio.
Boeira, que vem dando a entender que deixará o Progressistas para disputar a governadoria, deverá puxar o freio de mão e tentará um acordo com Ponticelli.
Vale lembrar que Jorge Boeira tem franco acesso ao empresariado Sul catarinense, o que é uma grande vantagem em relação a Ponticelli, em um momento de escolha de um candidato ao governo.
Intenção é formar bloco PL/PTB/Patriota em SC
Presidente Jair Bolsonaro nem se filiou ao Patriota, ainda, e a briga para saber qual será o futuro do partido já começou em Santa Catarina.
O fato é que em nosso Estado o partido está sob forte influencia do senador Jorginho Mello (PL), que pretende tê-lo como apoiador de sua candidatura ao governo catarinense ano que vem.
Todavia, os bolsonaristas mais aguerridos querem que o Patriota tenha candidato a governador, para fazer dobradinha pura com Bolsonaro.
Bastante ligado ao presidente da legenda, Vanderson Valci Soares, o senador tem costurado uma aliança que deverá contar com um rosário de partidos de centro direita a seu projeto, o que inclui PL, PTB e Patriota. Pelo menos esta é a pretensão, que teria o aval do presidente da República.
Três mulheres podem ser candidata a estadual na região
Por enquanto tudo é somente um alinhavo, mas nossa região poderá ter pelo menos três candidatas à deputada estadual ano que vem: Sayonara Araújo (PT), Clarice Victor, a popular Sissa (PTB), e Sarah Maciel, que está filiada ao PSDB, mas que deve trocar de sigla para um novo projeto à Assembleia legislativa.
Vale lembrar que aqui no Extremo Sul a deputada federal criciumense Geovânia de Sá (PSDB) já possui um apreço popular bastante grande, a exemplo da deputada estadual Paulinha da Silva, de Bombinhas, que foi eleita pelo PDT, mas que atualmente está sem partido. Mas não bastam candidatas.
É preciso dos votos das mulheres para ampliar este espaço social.
César Cesa vai a justiça para dar aumento ao funcionalismo
A exemplo de Sombrio, municipalidade de Araranguá irá recorrer ao judiciário para conseguir promover reposição salarial dos servidores municipais.
O prefeito César Cesa (MDB) já havia dado o reajuste, na casa dos 5,2%, para a reposição de perdas inflacionárias, mas teve que suspendê-lo por recomendação do Tribunal de Contas do Estado.
O fato é que existe uma lei federal que impede qualquer tipo de reajuste ou aumento salarial no setor público até o dia 31 de dezembro deste ano, por conta da necessidade de se conter gastos em decorrência dos investimentos no combate a Covid. Em Sombrio a prefeita Gislaine Cunha (MDB), que esta sob as restrições da mesma lei, conseguiu reverter a situação na justiça.
César Cesa comunicou ontem que fará o mesmo.