Rolando Christian Coelho | Erros de Carlos Moisés chegam à infantilidade

Pouca habilidade política do governador pode comprometer seu projeto de reeleição ano que vem

Rolando Christian Coelho, 18/11/2021

Erros de Carlos Moisés chegam à infantilidade

Governador Carlos Moisés da Silva tem cometido erros crassos, no que diz respeito à política, ao longo de sua gestão, e os continua cometendo em grande escala. O primeiro, a maior deles, foi ter se afastado do presidente Jair Bolsonaro. Nunca é demais lembrar que Santa Catarina foi o segundo Estado onde Bolsonaro foi melhor votado em 2018, perdendo apenas para o Acre.

Em que pese a falta de alinhamento com os parlamentares eleitos pelo PSL na eleição estadual passada, Carlos Moisés jamais deveria ter se descolado do estigma bolsonarista em um Estado conservador como é o nosso.

O segundo erro foi não ter se filiado a um grande partido, após ter rompido com Bolsonaro e também com o PSL. Sua melhor opção era o MDB, que em 2019 estava desmontado, por conta da catastrófica candidatura de Mauro Mariani ao governo catarinense. Tivesse feito isto, Carlos Moisés estaria neste momento como dono da legenda, sem sequer ter concorrentes internos para afrontá-lo em uma convenção.

O terceiro erro do governador, em decurso neste momento, é apostar suas fichas nos prefeitos de múltiplos partidos, acreditando que estes irão bancar seu projeto de reeleição, independentemente de onde esteja filiado.

Basicamente, Carlos Moisés tem aportado recursos volumosos em municípios administrados por prefeitos do MDB, Progressistas, PSDB, PSD, PL, PDT, e tudo quanto é mais pê, imaginando que estes convergirão para sua candidatura à reeleição, mesmo que ele esteja filiado a uma legenda como o PSC ou o Republicanos. Prefeitos do Progressistas, por exemplo, têm jurado amor ao governador e prometido fidelidade para com ele diante das eleições do ano que vem.

Agora, imagine um cenário em que o presidente Jair Bolsonaro seja candidato à reeleição pelo Progressistas, tendo Esperidião Amin (PP) como candidato ao Governo. O prefeito deste partido que ficar com Carlos Moisés vai passar vergonha em seu município, pois a base da legenda irá convergir naturalmente para a dobradinha Bolsonaro/Amin.
O fato é que Carlos Moisés não quer escolher, porque não quer excluir ninguém. Quer a todos. Todavia, como já diziam os antigos, “quem muito quer, nada tem”.

PL nacional da carta branca para vinda de Bolsonaro

Comando nacional do PL se reuniu ontem para deliberar sobre o ingresso do presidente Jair Bolsonaro ao partido. Em princípio, Bolsonaro já tinha acertado com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, sua filiação, mas vários presidentes estaduais da legenda fizeram objeções, por conta da histórica proximidade que o PL tem com o PT, de Lula da Silva. Ontem, no entanto, Costa Neto ganhou carta branca para negociar com Bolsonaro.

Basicamente, os presidentes estaduais do PL disseram que o quê Costa Neto acertar com Jair Bolsonaro, estará acertado. A grande questão, agora, é saber se Bolsonaro ainda mantém interesse em se filiar no PL, depois das bobagens que teve que escutar de líderes do baixo clero da sigla.

Itaionara Recco assume Sectur de Arroio do Silva

Jornalista Itaionara Recco foi nomeada ontem pelo prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini, como Secretária de Turismo, Indústria, Comércio, Agricultura e Pesca do município. Ela vinha ocupando nos últimos meses o cargo de diretora de Turismo, função que lhe atribuiu a incumbência de ativar o Conselho Municipal de Turismo e de atualizar o Plano Municipal de Turismo de Arroio do Silva.

Os bons resultados obtidos com estas, e outras tarefas, ligadas a outros setores da gestão municipal, acabaram lhe credenciando para nomeação efetivada ontem. De acordo com Itaionara, as próximas semanas serão dedicadas pontualmente à finalização do calendário de verão 2021/2022.

PSDB irá realizar convenção nacional via aplicativo de celular

Bastidores da convenção do PSDB, para a escolha do candidato do partido à Presidência da República, tem indicado vitória do governador de São Paulo, João Dória Júnior. Além dele, também passarão pelo crivo dos filiados da legenda, no próximo domingo, com vistas ao comando do Palácio do Planalto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

Em Santa Catarina a tendência é de vitória do governador gaúcho. A convenção será a primeira do país onde os filiados previamente cadastrados poderão votar, também, via aplicativo de celular. O modelo vem sendo muito criticado pelo grupo de Leite, que ventila a possibilidade de fraude no sistema.

Tutarri pode migrar para o União Brasil e apoiar Ghellere

Advogado Ricardo Ghellere, que deverá disputar a Assembleia Legislativa, ano que vem, pelo União Brasil, legenda fruto da fusão do PSL com o Democratas, vem articulando o apoio do ex-vice-prefeito de Araranguá, Rodrigo Turatti, a sua candidatura. Intenção é a de convencer Turatti a se filiar, também, a sigla. O rascunho do projeto passa pelo apoio de Rodrigo Tutatti a Ricardo Ghellere em 2022, e pelo apoio de Ghellere a Turatti, na disputa pela Prefeitura Municipal, em 2024.

Em meio a história, o deputado estadual Ricardo Alba (PSL), que deve se filiar ao União Brasil, estaria disposto a se licenciar por 60 dias da Assembleia Legislativa, possibilitando que Turatti, que é suplente de deputado, assuma o parlamento estadual neste período.

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