Rolando Christian Coelho, 20/07/2021
Em política, Marketing é tudo
Em política, marketing é tudo. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, vem sendo crucificado sob a acusação de ser um negacionista diante da Covid-19, que já matou 542 mil brasileiros.
Na via inversa, o governador de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB) tem sido ovacionado como exemplo de homem público preocupado com a Covid. Já tem até musiquinha de campanha, com vistas a 2022, o chamando de João Vacinação.
Quem também está querendo surfar na onda da Covid é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que, a exemplo de João Dória, está de olho na campanha presidencial do ano que vem.
Ele também é tido como exemplo de político preocupado com os cuidados contra a pandemia, e, especialmente, um exemplo dentre aqueles que têm se empenhado pela vacinação da população.
O Brasil é um país com 212 milhões de habitantes, que já foi acometido por 542 mil mortes, conforme ressaltado. Sendo assim, para cada um milhão de pessoas, já faleceram 2.560 de Covid.
No Estado de São Paulo temos 46 milhões de habitantes, e lá já faleceram 135 mil pessoas por conta da virose, o que nos dá 2.930 mortes para cada um milhão de habitantes. No Rio Grande do Sul, por sua vez, são 11,5 milhões de habitantes, para 32,5 mil mortes: uma média de 2.820 mortes para cada milhão de habitantes.
A aritmética nos mostra que no Estado de João Doria a Covid mata 14,45% mais que
a média do Brasil, e que no Rio Grande do Sul esta média é 10,15% maior. Na prática, morre mais gente em São Paulo e no Rio Grande do Sul de Covid do que na média do país. Mesmo assim, Bolsonaro é o bandido, e Dória e Leite os mocinhos da história.
Geovânia de Sá destina R$ 1 milhão para Balneário Gaivota
Durante encontro promovido com o prefeito de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos (PSDB), na semana passada, deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) anunciou a destinação de R$ 1 milhão para o município, recursos estes para investimentos no setor da saúde.
A parlamentar também ressaltou que irá se empenhar, em Brasília, pela liberação de outros recursos para o município, ligados a outras pastas. “O Kekinha é um grande amigo de longa data e os pedidos dele acabam sendo quase que uma imposição para nosso gabinete”, comenta a parlamentar, que deve disputar a reeleição ano que vem, mas que também está de olho na composição majoritária em que o PSDB estiver inserido.
PSB diz que tem conversado com Boeira sobre 2022
PSB catarinense tem mantido cerco ao ex-deputado federal Jorge Boeira (PP), para que ele se filie e legenda e concorra ao Governo do Estado ano que vem.
Pré-candidato a deputado estadual pelo partido, o economista Alex Bristot diz que “as conversas estão avançadas”, neste sentido. Conforme Alex, que é um dos coordenadores do PSB no Sul do Estado, “Boeira se reuniu com Cláudio Vignatti, que é o presidente estadual do partido, para discutir esta possibilidade”.
Expectativa é a de que haja uma frente de esquerda em Santa Catarina, para disputar o governo, reunindo legendas como PSB, PT, PCdoB, PDT e outras ideologicamente afinadas.
Esquerda não deverá estar unida no primeiro turno em SC
O projeto de PSB de colocar toda a esquerda no mesmo barco em Santa Catarina, para a disputa estadual do ano que vem, não é tarefa fácil.
O ex-deputado federal Fernando Coruja, que é pré-candidato pelo PDT ao Governo do Estado, já se manifestou a respeito, durante incursão por Araranguá, na semana passada.
De acordo com ele, o PDT irá priorizar o apoio a candidato presidencial de Ciro Gomes (PDT), o que dificulta uma aliança no primeiro turno, por exemplo, com o PT, que deverá apoiar a candidatura de Lula da Silva (PT).
De acordo com Coruja, “o caminho natural da esquerda é o da união, mas numa segunda etapa da eleição”.
Contado para estadual, Alex Bristot diz que poderá ir a federal
Já que o assunto é o PSB, a legenda está vislumbrando a possibilidade de lançar candidato a estadual e a federal por nossa região ano que vem. Alex Bristot, que é de Santa Rosa do Sul, já está carimbado para disputar a Assembleia Legislativa.
Ele admite, no entanto, que poderá concorrer a federal, com seu partido indicando outra liderança regional para disputar a Assembleia.
Vale ressaltar que, por conta da legislação, não é mais permitida coligação proporcional. Isto significa que os mais de 30 partidos existentes no Estado deverão lançar 60 candidatos a estadual e outros 24 a federal.
Em Santa Catarina deveremos ter mais de 1.500 candidatos a estadual e mais de 500 a federal.