Rolando Christian Coelho | 28/04/2023 | Tucanos perderam o rumo da revoada

PSDB está cada dia mais desarticulado e sem grandes perspectivas de voltar a ser um dos grandes do país. Depois de dois mandatos exitosos de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, os tucanos caíram no ostracismo, e, passados 20 anos, nem de longe representam a força que já tiveram.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que é o atual presidente nacional da legenda, até que tem tentado reaglutinar o PSDB, mas sem sucesso. Nesta semana, ele buscou reunir em São Paulo a maior quantidade possível de prefeitos do partido para traçar diretrizes. O esvaziamento foi geral, e apenas seis chefes de executivo compareceram.
O problema do PSDB é que ele perdeu aliados de primeira linha, como era o caso do MDB e do ex-PFL, agora PSD, que agora, invariavelmente, se aproximam de quem está no poder, seja este alguém de esquerda ou de direita. Isolados, os tucanos ficam falando para as paredes. Para piorar a situação, a pretensão do PSDB, que é a de capitanear um bloco alternativo ao PT e ao PL também é pretendida por outras legendas, como o MDB, o PSD e o União Brasil. Sendo assim, o PSDB tem que concorrer por espaço nas bases da sociedade e também na disputa pelos holofotes em nível nacional.
Parte desta derrocada é sentida bem aqui no Sul do Estado. Na eleição do ano passado, por exemplo, a então deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) amargou a primeira suplência de sua federação partidária. O PSDB também não elegeu nenhum deputado estadual pelo Sul do Estado. Por fim, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, ícone do PSDB no Sul catarinense, já anunciou sua saída do partido.
Não à toa a legenda tem buscado construir uma federação com MDB, Cidadania e Podemos, que poderá se transformar em uma fusão partidária num futuro breve. O fato é que não há muitas saídas. Sem poder e sem uma liderança nacional que abrace a todos, sozinho o PSDB está fadado em se transformar em um partido regionalizado, com focos de resistência em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Ceará. Daí para adiante, tudo é lucro.

Finais

Governador Jorginho Mello (PL) sancionou ontem lei que possibilita a contratação de agentes armados para atuarem nas escolas do Estado. A lei contempla agentes que façam parte do Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública. Dentre eles estão policiais civis e militares, como também policiais penais, científicos e bombeiros militares. A intensão do governador é começar as contratações de maneira imediata, de modo a garantir mais segurança nas 1.053 escolas públicas da rede estadual de ensino. Expectativa é que o Governo do Estado também faça parceria, no mínimo, com as Prefeituras, de modo a estender este benefício às escolas dos municípios. Em relação às escolas particulares, cabe aos pais e responsáveis a articulação para que as gestões de tais educandários também tomem suas providências.

Prefeito de Timbé do Sul, Beto Biava (PP), diz que pavimentação da Serra da Rocinha “não anda”. Conforme ele, não há expectativa de inauguração em breve, pois tudo está transcorrendo “a passos de tartaruga”. Mesmo com toda a pressão sobre os órgãos competentes, de acordo com Biava, “a situação é desanimadora”. A pavimentação da Rocinha, que liga Timbé do Sul até a divisa com o Rio Grande do Sul, na altura de São José dos Ausentes, foi desencadeada à época da gestão da então presidente Dilma Rousseff (PT). Findaram-se seus governos, o de Michel Temer (MDB) e o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e nada da conclusão. Há de se ressaltar, ainda, que existem outros oito quilômetros de pavimentação em cima da serra, ligando a Rocinha até Ausentes – para que se complete a BR 285 -, sobre os quais não há sequer sinal de fumaça.

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