Passados quase quatro meses de mandatos do presidente Lula da Silva (PT) e do governador Jorginho Mello (PL), tanto o Governo Federal quanto o Governo do Estado permanecem fechados para as prefeituras de Santa Catarina. As tentativas de se encaminhar projetos em nível federal têm se frustrado pela falta de expectativas. Muito disto se dá por conta dos cargos meramente burocráticos que lideranças petistas estaduais conseguiram garimpar na esfera federal. Como não há representatividade robusta, não há a quem recorrer.
No Estado a história não é diferente. Jorginho Mello parece estar jogando com a velha máxima de que é melhor começar um governo mal e sair bem, do que começar bem e sair mal.
O fato é que cá embaixo prefeitos de todo o Estado, e não é diferente em nossa região, estão vivendo da esperança de que dias melhores virão. O problema é que o tempo passa, os dias passam, e nada de bom acontece. Em princípio, 2023 parece que será de fato um ano morto para as gestões municipais, no que diz respeito às conquistas, e ao crescimento acima da média. Tudo se encaminha para que os prefeitos se conformem em administrar recursos próprios, rezando para que o Governo do Estado libere numerários conveniados ano passado, e para que o Governo Federal surpreenda a todos com alguma novidade.
Infelizmente, é bem provável que nem uma coisa, nem outra, aconteça a curto prazo. A maioria dos prefeitos, diga-se de passagem, já está considerando o primeiro semestre de 2023 como um período perdido para a gestão pública, por conta da falta de encaminhamentos em nível federal e estadual. A esperança é que no segundo semestre nossos mandatários maiores se acordem para a realidade, afinal de contas, o mundo não pode parar somente porque as gestões governamentais mudaram.
Finais
Anunciado como novo presidente da SC Gás, sombriense Nathan Monteiro acabou sendo confirmado como Diretor Administrativo da Casan. Os bastidores da mudança não foram revelados. Para o comando da SC Gás, o governador Jorginho Mello (PL) confirmou o nome do engenheiro químico José Otimar Muller. Atualmente, ele é o presidente da Câmara de Assuntos de Energia, da Federação da Indústria de Santa Catarina, a Fiesc. Por sua vez, Nathan se mantém como um dos homens de confiança do governador dentro de uma importante autarquia, que tem feito das tripas coração para não ser engolida pelos Samaes e empresas cessionárias de água e esgoto nos municípios. Por conta destas, e de outras, a Casan hoje tem um passivo de R$ 2 bilhões!
As cláusulas de barreira impostas pela legislação eleitoral têm assombrado líderes políticos de todas as agremiações, mas principalmente dos partidos menores. Em Araranguá, lideranças do Podemos e do PDT já começam a prospectar alternativas, de modo a se garantir na disputa municipal do ano que vem. Por enquanto, o União Brasil tem sido apontado como o partido que deverá receber a maioria das filiações daqueles líderes que deixarem suas legendas, com foco em 2024. Dentre os possíveis novos filiados do União Brasil constam figuras como o atual presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Araranguá, Luciano Pires (Podemos), e o ex-presidente do legislativo, Diego Pires (PDT).
