Um novo desenho geopolítico pode culminar com a saída do Secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, do comando do Progressistas em Santa Catarina. O atual presidente estaria tendo dificuldades em conciliar sua atua função junto ao governo de Jorginho Mello (PL) com a de comandante da legenda, que em breve deverá pactuar uma federação com o União Brasil. Nestes casos, as demandas partidárias acabam se multiplicando, por conta da necessidade de se aparar as arestas remanescentes de uma união entre duas ou mais legendas, especialmente duas, cujas bases, em muitos municípios, são conflitantes.
É neste contexto que surge a possibilidade de que Dreveck se licencie do comando Progressista, abrindo espaço para que outro nome comande o partido. O senador Esperidião Amin aparece com figura natural para esta substituição, todavia ele está totalmente imerso no projeto de federação partidária entre sua legenda e o União Brasil, sendo cotado, até mesmo, para presidir o novo grupo em nível nacional.
Como se sabe, está justamente no Sul de Santa Catarina, atualmente, o maior potencial eleitoral do Progressista. Por conta disto, os nomes dos deputados estaduais José Milton Scheffer e Pepê Collaço e do ex-deputado federal Leodegar Tiscoski, vêm sendo os mais cotados para substituir Silvio Dreveck no comando da legenda. Dos três, Zé Milton e Leodegar são os que têm maiores chances de emplacar, já que Pepê é de Tubarão, município cujo prefeito, Joares Ponticelli (PP), permanece preso por suposto envolvimento em um esquema de fraude em licitações. O deputado não tem nada a ver com o caso que envolve Ponticelli, todavia, carrega o estigma de ser do município cujo prefeito filiado a seu partido está preso e em meio a um processo de investigação. Em uma situação como esta o desgaste é natural, e a ascensão de Pepê ao comando progressista poderia trazer mais prejuízos do que benefício a legenda.
Décio Lima continua no limbo
Ex-deputado federal Décio Lima (PT) continua sendo torrado pelo Governo Federal. Contra tudo e contra todos ele disputou o Governo do Estado no ano passado conseguindo levar o PT, pela primeira vez, ao segundo turno de uma eleição estadual. Derrotado, mas com Lula da Silva (PT) eleito presidente, a esperança era que Décio recebesse mais deferência. Por ora, no entanto, nada de Ministério nem de Secretaria Nacional. Para complicar ainda mais, Lula quer emplacá-lo como presidente do Sebrae Nacional, só que o governo não tem maioria no Conselho Deliberativo do órgão para assegurar a indicação presidencial. Sem falar que o Sebrae é um órgão técnico, não político, o que foge totalmente ao perfil de Décio Lima.
Duas semanas de ausência deste espaço
Nas próximas duas semanas irei me ausentar deste espaço político aqui no Correio do Sul, e nas redes sociais, por conta de uma viagem à Itália, composta por 21 integrantes, que irá visitar diversos locais por onde passaram Anita e Giuseppe Garibaldi. O convite para integrar o grupo me foi feito pelo Instituto Anita Garibaldi, de Laguna, que se dedica a preservação da memória da heroína catarinense. Trata-se de uma oportunidade ímpar para a região da Amesc, na medida em que será possível estreitar parcerias entre os municípios da Itália que foram palco das ações de Anita e Giuseppe Garibaldi e municípios de nossa região pelos quais eles também passaram. Até breve.
