Rolando Christian Coelho | 03/05/2023 | Bolsonaro tem dado o que falar

Está dando o que falar as especulações de bastidores dando conta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ser candidato ao Senado Federal, por Santa Catarina, em 2026. Paralelo a isto, se ventila também a possibilidade de que ele seja candidato ao mesmo cargo antes da próxima eleição estadual, caso o senador Jorge Seif (PL) venha a ser cassado por abuso de poder econômico.
Vale lembrar que Seif foi interpelado judicialmente por líderes do PSD, por, supostamente, ter se utilizado da estrutura empresarial de Luciano Hang, dono das Lojas Havan, durante sua campanha eleitoral no ano passado. Caso Jorge Seif seja cassado, é necessário que haja uma nova eleição para preencher a vaga do representante de Santa Catarina no Senado. Enquanto a eleição não acontece, quem assumiria em seu lugar seria o segundo colocado na disputa pelo Senado no pleito de 2022, no caso, o ex-governador Raimundo Colombo (PSD). Nem o primeiro, nem o segundo suplente de Seif assumiria sua vaga, porque em caso de sua cassação, sua chapa é que perderia o mandato, não ele especificamente. Convém ressaltar, que Bolsonaro precisará estar filiado há pelo menos um ano em algum partido de Santa Catarina, caso de fato queira disputar algum cargo eletivo por nosso Estado.
Mas nem só de Jair vive a família Bolsonaro em Santa Catarina. O filho do ex-presidente, Renan Bolsonaro, já está residindo há alguns meses em Balneário Camboriú, onde desempenha a função de assessor parlamentar de Jorge Seif. Renan, que deve ser candidato a vereador naquele município ano que vem, também é uma carta na manga que o bolsonarismo tem em solo catarinense para qualquer eventualidade. Ele próprio poderia ser candidato ao Senado, em uma eleição intempestiva, caso Jorge Seif venha a ser cassado. Em não acontecendo isto, também é nome natural para o pleito de 2026 na disputa da mesma vaga.
Todas as conversas em torno da possibilidade de Jair Bolsonaro ser candidato ao Senado, por Santa Catarina, só estão acontecendo porque ele pode ser considerado inelegível pelo TSE, ficando fora da disputa eleitoral de 2026. Para tirar o TSE do seu pé, Bolsonaro tem usado a estratégia de que não será candidato à Presidência da República no próximo pleito federal.

 

Finais

Notícias vindas dos bastidores da política da capital catarinense dão conta que os convênios assinados no ano passado entre o governo estadual e as prefeituras municipais, que estejam vinculados ao orçamento da Saúde, ou do Fundo Social, serão liberados ainda este ano pelo governador Jorginho Mello (PL). Este montante corresponde a R$ 400 milhões, de um total de R$ 2 bilhões assinados pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep) com os executivos municipais. Os outros R$ 1,6 bilhão, que em sua absoluta maioria está vinculado à Secretaria da Infraestrutura, não têm previsão de liberação. Na prática, isto significa que 80% dos convênios assinados por Carlos Moisés continuarão trancados por um bom tempo.

 

Prefeito de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), realizou ontem lançamento de um informativo, de prestação de contas, dos 750 dias de sua gestão. Enfatizou investimentos na ordem de R$ 45 milhões ao longo deste período, ressaltando que outros R$ 15 milhões deverão ser investidos até o final de sua gestão. Em meio a sua fala, fez questão de dizer que seus dois anos e quatro meses de mandado não devem nada aos oito anos que o antecederam. Neste sentido, fez uma referencia direta ao ex-prefeito Nelson Cardoso de Oliveira (PSD), que deverá ser seu principal adversário no pleito municipal do ano que vem. Almides ressaltou ainda que o setor de obras deverá receber atenção especial nos próximos meses, “através de várias iniciativas de vulto”.

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