Rolando Christian Coelho | Voto regional é sinônimo de inteligência

Assunto extremamente pertinente foi trazido à tona pelo advogado araranguaense Ricardo Ghellere, via redes sociais, nesta semana: a necessidade do Extremo Sul valorizar o voto regional. Como foi muito bem lembrado por Ricardo, que, em princípio, deverá ser candidato à Assembleia Legislativa, nossa região tem potencial para eleger pelo menos quatro deputados estaduais, todavia, conta com apenas um.

A sangria de votos que acompanhamos a cada eleição estadual é nefasta para nossa região, pois o que vemos são os eleitos de fora, com os votos daqui, reaparecendo por estas plagas somente de quando em quando, “para ofertar meramente migalhas”, como bem disse o ex-prefeito de Turvo, Ronaldo Carlessi, em recente encontro político.

Infelizmente o Brasil não conta com o voto distrital, ou o distrital misto, que permitiria a eleição de um percentual de candidatos vinculados obrigatoriamente a uma região. Pela atual legislação, nada impede que os 40 deputados da Assembleia Legislativa sejam da região Oeste do Estado, assim como os 16 deputados federais. A mesma legislação também proíbe qualquer tipo de propaganda política enaltecendo o voto regional, o que depõe francamente contra as regiões com menores contingentes eleitorais, o que é o caso da nossa. Na verdade, a legislação está totalmente armada para beneficiar os grandes centros urbanos, onde existem as grandes concentrações de voto. Basta ver que, com os votos de nossa região, poderíamos ocupar 10% das cadeiras da Assembleia Legislativa, no entanto, ocupamos apenas 2,5%.

Disseminar a ideia do voto regional, através das bases eleitorais, é um ato de defesa da região, um ato de defesa das nossas demandas. Na pior das hipóteses, se o eleito não corresponder às expectativas, pelo menos sabemos onde ele mora.

PSL e Democratas acertam últimos detalhes para fusão

PSL e Democratas caminham a passos largos para consolidar a fusão dos dois partidos. A nova legenda deverá ter em seu comando o atual presidente do PSL nacional, Luciano Bivar, e na vice-presidência o atual presidente do Democratas nacional, ACM Neto. Esta tratativa foi encaminhada ontem, em Brasília, praticamente sacramentando a fusão, que ficou na dependência meramente de detalhes. Porém, especialmente no PSL ainda são muitas as contrariedades em relação à fusão. O deputado federal criciumense Daniel Freitas (PSL), por exemplo, fiel escudeiro do presidente Jair Bolsonaro, não concorda com ela. A fusão, no entanto, permite que qualquer eleito por uma das duas siglas, nas eleições de 2018 e 2020, deixe seu partido, sem risco de perda de mandato.

Lyrion Matheus já está com discurso de candidato a federal

Suplente de vereador em Araranguá, comunicador Lyrion Matheus da Silva (Podemos), está com discurso afinado para disputar Congresso Nacional ano que vem. “Nosso Estado não tem influência alguma na política nacional. Temos melhores pessoas na Assembleia Legislativa do que no Congresso Nacional”, comenta Lyrion, que já manifestou publicamente seu desejo de concorrer como candidato a deputado federal em 2022. “Dos 16 deputados federais nenhum respondeu aos chamados para o caso da UFSC, nenhum respondeu ao chamado no que diz respeito ao corte de verbas na Serra da Rocinha. Precisamos de alguém que entenda as necessidades locais e conduzam as prefeituras e Câmaras na construção de bons projetos, abrindo as portas dos Ministérios e do Congresso”, enfatiza.

Evandro Scaini deixa o PSL e ficará sem partido por enquanto

Prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini, solicitou sua desfiliação do PSL, sigla pela qual se elegeu no pleito eleitoral do ano passado. Egresso do PSD, por onde concorreu à Assembleia Legislativa em 2018, o atual prefeito arroisilvense diz que permanecerá sem partido “até os próximos desdobramentos”. Em princípio, politicamente, Evandro deverá acompanhar os passos do governador Carlos Moisés da Silva, que está sem partido, mas de namoro com o Republicanos. O prefeito, no entanto, diz que, no que diz respeito a sua nova filiação, não tem pressa de se decidir, pois não concorrerá no pleito eleitoral do ano que vem. “Seja qual for o caminho, posso esperar até 2024”, ressalta.

Tiago Zilli vai se dedicar a ouvir as bases do MDB

Ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), diz que momento é o de consultar as bases de seu partido com vistas a um projeto voltado a conquista de uma cadeira na Assembleia Legislativa ano que vem. Zilli tem feito pesquisas para consumo interno, e todas têm apontado plena viabilidade de um projeto a deputado estadual pelo MDB de nossa região. “Para que este projeto se consolide, no entanto, é preciso que a militância do partido esteja focada na necessidade de elegermos um deputado daqui”, comenta o ex-prefeito, justificando as constantes reuniões que ele tem feito com grupos de líderes emedebistas da região. A mobilização interna na sigla deverá ser levada adiante pelos próximos cinco meses, criando a capilaridade necessária para que, ao ser lançada oficialmente, a pré-candidatura nasça com robustez suficiente para emplacar nas urnas.

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