Rolando Christian Coelho | SC tem quatro projetos e muitas dúvidas para 2022

As múltiplas possibilidades diante da eleição de 2022 mantém o cenário político em SC ainda incerto

Rolando Christian Coelho, 05/04/2022

SC tem quatro projetos e muitas dúvidas para 2022

Neste momento, Santa Catarina convive com quatro projetos políticos e um caminhão de dúvidas em relação ao pleito eleitoral deste ano. O primeiro projeto, e mais natural, é do governador Carlos Moisés da Silva (Rep), que tentará a reeleição. Filiado a um pequeno partido, ele aposta suas fichas em alianças com outras legendas mais robustas, e, neste sentido, foca principalmente no MDB, que almeja ter como seu vice.

O segundo projeto, também bastante consolidado, é o do senador Jorginho Mello (PL), que, a exemplo de Carlos Moisés, quer ganhar o Governo do Estado. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jorginho aposta na formação de uma aliança de centro-direita para chegar à governadoria. O terceiro projeto é o que vem sendo bancado por Antídio Lunelli (MDB). Seu sonho, basicamente, é o de recompor a tríplice aliança, em princípio com MDB, PSD e União Brasil, para disputar o governo catarinense também.

Por fim, o quatro projeto que almeja a conquista do governo estadual vem sendo alinhavado pela Frente Democrática, grupo composto por oito partidos de esquerda que tem, neste momento, Dário Berger (PSB) e Décio Lima (PT), como pré-candidatos ao governo.

Paralelo a estas pretensões, há várias outras situações em aberto. Gean Loureiro, do União Brasil, por exemplo, se lançou pré-candidato ao governo. Já o Progressistas, tanto pode lançar candidatura própria ao governo, como pode ser vice de Jorginho Mello, ou ainda se aliar a Carlos Moisés. Afora isto, o partido também tem conversado com o PSD, de Raimundo Colombo, para o lançamento de uma dobradinha.

Já o PSDB ensaia lançar Vinícius Lummertz como candidato ao governo, mas a legenda pode convergir para Antídio Lunelli, ou ainda se irmanar ao MDB para apoiar Carlos Moisés. O PDT pode lançar Jorge Boeira ao governo, como também se integrar à Frente Democrática, disputando a vice-governadoria ou o Senado Federal. O rosário de outras possibilidades, a partir deste ponto, é quase infinito.

O que se pode ter certeza, neste momento, é que Carlos Moisés e Jorginho Mello serão candidatos ao governo, e que a Frente Democrática também terá um candidato a governador. Isto é ponto pacífico. A conta é bastante simples: Carlos Moisés não tem plano b. Jorginho é senador, e mesmo que perca, ainda continua no Senado por quatro anos.

Já a esquerda tem que fazer palanque para a campanha presidencial de Lula da Silva. Afora estas, a candidatura mais próxima de ser viabilizada é a de Antídio Lunelli, pelo MDB. Ele só não será candidato se não conquistar aliados. Tudo indica, no entanto, que tais aliados já estavam conquistados muito antes dele se dispor a ser candidato. No mais, tudo são interrogações e ajustes para composições majoritárias.

Peri é escolhido pela terceira vez o vereador mais atuante de Sombrio

Vereador do Progressistas de Sombrio, Peri Soares, utilizou as redes socais para agradecer o fato de ter sido escolhido, pelo terceiro ano consecutivo, como o legislador mais atuante do município, através de pesquisa realizada pelo Instituto Fama.

De acordo com Peri, o reconhecimento popular revigora sua determinação diante da atividade parlamentar, “e aumenta ainda mais o compromisso da representação”. Pré-candidato ao executivo em 2020, Peri diz que colocará novamente seu nome a disposição de seu partido para disputar a prefeitura em 2024.

Nos bastidores, se especula a formação de uma terceira via política em Sombrio, que poderia ter Peri como candidato a prefeito, ou a vice, mas fora do Progressista.

Zilli pode ter apoio do grupo de Eduardo Moreira

Ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), poderá receber o apoio de várias lideranças ligadas ao ex-governador Eduardo Moreira (MDB), no que diz respeito ao seu projeto de chegar à Assembleia Legislativa neste ano. Com a desistência de Moreira de concorrer ao parlamento estadual vários de seus apoiadores ficaram à deriva, e agora começam a convergir para outros pré-candidatos.

Boa parte destes têm ido de encontro ao projeto de Tiago Zilli, que na semana passada teve longa conversa com o ex-governador a este respeito. Pelo andar da carruagem, é muito provável que vários prefeitos, vices, e vereadores emedebistas, tanto da região de Criciúma, quanto da região de Tubarão, que estavam apostando no projeto de Eduardo Moreira, acabem migrando para a campanha de Zilli.

Cinco deputados da esquerda viraram a casaca e foram para o PL

E na dança das cadeiras, na Câmara Federal, presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou levando a melhor, no que diz respeito a migração de parlamentares deste para aquele partido. Afora duas dezenas de deputados de centro e centro direita, que deixaram suas siglas e foram para o PL, outros cinco, de esquerda, se filiaram ao partido de Bolsonaro.

Três deles do PSB, legenda que deverá indicar Geraldo Alckmin como vice de Lula da Silva (PT), como também dois do PDT, que deverá lançar Ciro Gomes como candidato ao Planalto. Mas nem só de frustrações viveu a esquerda brasileira diante da migração partidária. Um deputado do PL de Bolsonaro se filiou ao PV, que deverá compor uma federação com PT e PCdoB, para apoiar Lula neste ano.

Republicanos da Amesc pretende lançar candidata federal também

Republicanos de nossa região deverá ter, também, candidatura ao Congresso Nacional. O partido já vem trabalhando o nome do ex-vereador Marco Antônio Mota, o Motinha, de Araranguá, para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Paralelo a este projeto, a legenda vem prospectado a possibilidade de lançar a médica Cynthia Etchandy, também de Araranguá, como candidata a deputada federal.

De acordo com Motinha, que também é o coordenador do Republicanos aqui no Extremo Sul, as possibilidades de candidatura de Cynthia à Câmara Federal são muito boas. “Estamos construindo este projeto, o que será bom tanto par ao Republicanos regional, quanto para o projeto de reeleição do governador Carlos Moisés da Silva”, comenta o ex-vereador.

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