Rolando Christian Coelho | O que todos querem saber é quem vai vencer

O fato é que, enquanto grupos não forem solidificados, tudo é um grande ponto de interrogação diante das eleições

Rolando Christian Coelho, 10/03/2022

O que todos querem saber é quem vai vencer

Dentro da seara política, a pergunta que mais me tem sido feita, por aqueles que acompanham meus comentários neste setor, é a seguinte: Quem vai ganhar a disputa pelo Governo do Estado e pela Presidência da República ano que vem? A resposta é uma só: Depende!

A tal dependência está ligada às composições que os principais candidatos fizerem, o chamado leque de alianças. A eleição deste ano não será como a de 2018, quando uma onda social emplacou Jair Bolsonaro na presidência e seus seguidores em governos e parlamentos.

Não haverá onda. Nem onda Bolsonaro, nem onda Lula, muito menos onda Sérgio Moro. E não haverá porque se fosse para haver, ela já estaria acontecendo. A eleição deste ano será definida através de composições, bem ao bom e velho estilo brasileiro de fazer política.

Será, mais uma vez, uma eleição matemática, onde o candidato que conseguir somar mais aliados de peso aumentará de forma exponencial suas chances de vitória.

Neste momento, em nível nacional, os pré-candidatos à Presidência que mais têm reunido aliados exponenciais são o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula da Silva (PT). Trata-se de um cenário bastante claro. Sendo assim, são estes os dois nomes que reúnem maiores chances de emplacar no Palácio do Planalto.

Já em nível estadual, o quebra-cabeças é bem mais complexo. Há pelo menos cinco grupos bem distintos com chances de emplacar no governo: um comandado pelo próprio governador Carlos Moisés da Silva, outro comandado pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União).

Um terceiro comandado pelo prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB). Um quatro, comandado pelo senador Jorginho Mello (PL), e um quinto grupo timonado por partidos de esquerda, a exemplo de PT, PDT e PSB.

Em meio a estes cinco grupos, há também as tais intenções, e, neste sentido, se ressaltam nomes como o do ex-governador Raimundo Colombo (PSD) e também do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), como ainda do senador Esperidião Amin (PP). Por óbvio que há vários outros interessados na conquista do governo, a exemplos de lideranças do PSDB, mas estes são os projetos mais claros.

Em princípio, todos estes nomes se nivelam de forma mediana. Se todos fossem candidatos, nenhum deles ficaria abaixo dos 10% dos votos, mas tampouco alguém estouraria no primeiro turno, individualmente, com 30%. Sendo assim, somente mesmo através de um leque de alianças para se ter ideia de quem teria reais chances de vencer e quem estaria fora do páreo.

Neste momento, praticamente todos os partidos estão conversando com todos, com exceção daqueles mais de esquerda que já possuem seu próprio grupo. No resumo da ópera, o que se pode dizer é que, antes da poeira baixar, qualquer opinião a este respeito é meramente especulativa, nada mais que isto.

João Rodrigues pode voltar ao páreo eleitoral

Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que havia anunciado sua desistência do pleito eleitoral deste ano, voltou a falar sobre sua possível candidatura ao Governo do Estado. Ontem, em Florianópolis, ele conversou com lideranças políticas de vários partidos, tentando prospectar a possibilidade de uma aliança para as eleições que se avizinham.

Em princípio, o prefeito deixou a entender que estaria disposto a renunciar a seu cargo, para ficar disponível para a disputa. Aos mais chegados, João Rodrigues admite a possibilidade de concorrer com o vice, ou mesmo ao Senador.

Jorginho Pereira não deverá ser candidato a federal

Vereador araranguaense Jorginho Pereira (PP) diz que “está praticamente certo” que não disputará a Câmara Federal neste ano. De acordo com ele, vários líderes progressistas de nossa região já estão comprometidos com a pré-candidatura a federal do ex-deputado estadual da região de Criciúma, Valmir Comin (PP).

Jorginho diz lastimar a “subordinação” de nossa região à região de Criciúma, e emenda, dando a entender que não disputará meramente para ajudar a fazer legendas para outras candidaturas. Em relação a sua manutenção no Progressistas, o vereador tangencia: “Até 2024 não tenho como sair do partido”.

Justiça Eleitoral libera vereadores do PSL e DEM para outros partidos

Vereador eleito pelo PSL de Criciúma em 2020, Júlio Kaminski deverá migrar para o Progressistas, com o objetivo de ser candidato a deputado estadual neste ano. Em princípio, fará dobradinha com Valmir Comin (PP), que concorrerá a federal.

Júlio conquistou na justiça eleitoral o direito de deixar o PSL, por conta da fusão do partido com o Democratas, que resultou na criação do União Brasil. Em princípio, sua disposição de disputar a Assembleia Legislativa pelo Progressista ofusca alguns nichos de apoio ao deputado José Milton Scheffer (PP) na região carbonífera.

Motinha vai ganhar muito com ida de Carlos Moisés para o Republicanos

Confirmação da filiação do governador Carlos Moisés da Silva ao Republicanos inflará a pré-candidatura do ex-vereador de Araranguá, Marco Antônio Mota à Assembleia Legislativa. Motinha é o coordenador regional do Republicanos e, por consequência, será um dos coordenadores da campanha de Carlos Moisés em nossa região, caso o governador de fato se filie ao partido.

Cenário ficaria ainda melhor para Motinha caso o Progressistas e o MDB não se aliem ao governador, o que excluiria o deputado estadual José Milton Scheffer, e o pré-candidato a estadual pelo MDB, Tiago Zilli, do ciclo de relações político-eleitorais de Carlos Moisés.

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