Rolando Christian Coelho, 03/08/2021
Discussão sobre voto impresso banalizou
A discussão sobre a necessidade de se imprimir os votos nas eleições brasileiras ficou banalizada.
O que poderia ser um tema de profunda reflexão democrática se transformou numa nova queda de braços entre bolsonaristas e anti-bolsonaristas.
O Brasil, aliás, parece estar cada vez mais resumido a quem é a favor e a quem é contra alguma coisa, como se cada uma das duas faces de uma moeda fosse mais importantes que a moeda em si.
As redes sociais são um filtro bastante interessante desta afirmação. Basta observarmos as respostas daqueles que respondem a enquetes ligadas ao tema em voga. Em linhas gerais, aqueles que defendem o voto impresso são simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro. Os que são contra o voto impresso são contrários a ele.
Independentemente de quem esteja timonando esta discussão, o fato é que o voto impresso é uma segurança a mais para o eleitor.
É uma espécie de VAR das eleições. Não se trata de substituir o voto eletrônico pelo voto impresso, mas sim de ter o voto que é eletrônico também impresso. Em caso de dúvida, há a possibilidade de conferência, que, provavelmente, seria feita por amostragem aleatória.
Dizer que o sistema eleitoral eletrônico é 100% seguro é uma grande mentira. Basta lembrarmos que no ano passado hackers tentaram invadir o sistema do TSE, o que atrasou em várias horas a divulgação dos primeiros resultados das eleições municipais. Naquela ocasião o sistema se protegeu, se fechou.
Mas quem garante que ele sempre se protegerá? Imprimir o voto não deveria ter nada a ver com Bolsonaro, ou com aqueles que não gostam dele. Deveriam ter a ver com nossa segurança democrática.
Prefeitura de Araranguá tem novo Assessor de Comunicação
Sandro Ramos, o Sandrinho, assumiu a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Araranguá, cargo que vinha sendo ocupado de forma interina pela Chefe de Gabinete, Karen Suyan Clezar Borges.
Sandrinho já atuou nesta mesma pasta em gestões passadas, o que lhe confere uma relação bastante familiar com os veículos de comunicação de toda região.
Notadamente, aquelas prefeituras que possuem assessores de imprensa em seus quadros têm se notabilizado muito mais do que as que não possuem. Às vezes, não é o prefeito que não é realizador, todavia, ao não se comunicar direito, ele some do mapa.
MDB de Criciúma não quer que Extremo Sul tenha candidato a federal
Mesmo com a famosa pressão vinda de Criciúma, presidente do MDB de Araranguá, Emerson Almeida, persiste na defesa do lançamento de um candidato próprio de nossa região a deputado federal.
De acordo com ele, o ideal é que este candidato fosse um ex-prefeito emedebista, “para que a candidatura já nascesse consolidada”.
Emerson, no entanto, prefere não indicar nomes, ressaltando “que esta é uma discussão que precisa ser amadurecida pelo partido”. Em princípio, o MDB deverá lançar apenas a candidatura do ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli, a estadual, apoiando um candidato a federal de outra região. Vale lembrar, no entanto, que o MDB precisará de 24 candidatos a federal ano que vem no Estado, o que abre, facilmente, espaço para um nome de nossa região.
Morre ex-prefeito de Araranaguá, Osmar Nunes, aos 85 anos
Ex-prefeito de Araranguá, Osmar Nunes, 85 anos, faleceu ontem, de causas naturais. Foi encontrado dentro de seu carro, já sem vida. Osmar atuou na área da comunicação em grande parte de sua vida.
Funcionário da Rádio Araranguá na década de 1960, ganhou projeção local e popularizou seu nome, alicerçando sua candidatura à prefeitura do município em 1965. Cumpriu mandato entre 31 de janeiro de 1966 e 30 de janeiro de 1970, ocasião em que foi sucedido por Gercino Pasquali. Figura carismática, ficou marcado por seus posicionamentos fortes.
Nos últimos anos militava, também, na defesa dos aposentados.
Manoel Mota comemora seus 80 de idade hoje
Ex-prefeito de Araranguá e ex-deputado estadual Manoel Mota (MDB) completa hoje 80 anos. Nascido em Sapiranga, interior de Meleiro, Mota iniciou sua carreira política na década de 1970, disputando o cargo de vice-prefeito. Sem êxito nas urnas, em 1982 disputou a prefeitura, sendo eleito pela sublegenda do MDB.
Cumpriu mandato entre 1983 e 1988, tendo iniciado a carreira como parlamentar estadual a partir da eleição de 1990. A partir de então foram 28 anos na Assembleia Legislativa.
A edição de hoje do Correio do Sul traz um Caderno Especial sobre a trajetória política de Manoel Mota, cujo trabalho deixou profundas marcas no desenvolvimento de nossa região. Em que pese o desgaste causado em qualquer figura pública que ocupe um cargo por quase 30 anos, o fato é que sem Mota na Assembleia nossa região perdeu muito.