Rolando Christian Coelho, 16/11/2021
Bolsonaro segura filiação ao PL de Jorginho Mello
Dois dias depois de ter confirmado pessoalmente que iria se filiar ao PL, em data agendada para o próximo dia 22, presidente Jair Bolsonaro deixou em aberto seu ingresso no partido do senador Jorginho Mello. Em princípio, a filiação não acontecerá até que as bases da legenda estejam alinhadas. A celeuma está ligada ao fato de vários líderes de expressão do PL preferirem se coligar com o PT, do ex-presidente Lula da Silva.
PL e PT já foram aliados em várias eleições passadas. Não custa lembrar que em 2002, quando disputou a presidência pela primeira vez, Lula tinha como seu vice o empresário mineiro José Alencar, à época filiado ao PL. Desde então a ligação entre as duas legendas é bastante grande. Basta digitar no google as palavras: mensalão, Lava Jato, Valdemar Costa Neto presidente do PL, e Lula da Silva, para saber o quanto esta parceria era umbilical.
Se por um lado as restrições das bases do PL a Bolsonaro passaram a ser grandes, a recíproca também é verdadeira. O presidente começou a questionar a necessidade de ser associado a um partido que esteve até o pescoço na Lava Jato. O problema do presidente é que suas opções não são das mais agradáveis.
Quem também está lutando por sua filiação é o Progressista, cujo ex-presidente da legenda, Pedro Correia, pegou mais de 30 anos de cadeia por corrupção diante de processos derivados do mensalão e do petrolão, ou ainda o PTB, do presidente afastado Roberto Jefferson, cuja figura dispensa comentários.
O fato é que, seja qual for o destino partidário do presidente Bolsonaro, o estigma da corrupção partidária o acompanhará, até porque, no Brasil, em se tratando de partidos políticos, entre o céu e a terra não existem inocentes.
Grupo de Carlos Moisés se reunião nesta semana com Scaini
Grupo que está articulando projeto de reeleição do governador Carlos Moisés da Silva deverá se reunir, nesta semana, para discutir mais uma vez, seu destino partidário. Um dos líderes políticos mapeados em nossa região para participar das conversações é o prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini, que ano passado se elegeu pelo PSL, partido no qual ingressou a convite do governador. Como Carlos Moisés deixou a sigla, Evandro tomou o mesmo caminho. Agora, tanto o governador, quanto o prefeito, deverão migrar para a mesma legenda.
Merisio incentiva candidatura de Rogildo Bordgnon à Assembleia
Pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSDB, ex-deputado estadual Gelson Merísio promoveu encontro em Criciúma, ocasião em que buscou ouvir as lideranças do partido da região carbonífera e do Extremo Sul Catarinense. Em princípio, se colocou a disposição para disputar a governadoria estadual, a exemplo do que fez em 2018 pelo PSD, incentivando, também, o lançamento de candidaturas a estadual e federal pelo Sul do Estado.
Pontualmente, para nossa região, Merisio referendou a disposição do ex-vice-prefeito de Meleiro, Rogildo Bordignon, de disputar a Assembleia Legislativa. Corre a boca miúda que Gelson Merisio só disputará o governo catarinense se Eduardo Leite disputar a presidência da República pelo ninho tucano. Se o candidato à presidência do PSDB for João Dória Júnior, Merisio estaria fora.
Parte do PP quer Ângela ou Ponticelli como vice de Jorginho
Nos bastidores do Progressistas de Santa Catarina, líderes do partido têm defendido uma aliança com o PL de Jorginho Mello para disputar o Governo do Estado. Em princípio, a tese parte do princípio que a deputada federal Ângela Amin (PP) deveria ser candidata a vice de Jorginho. Outra opção seria emplacar o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), como vice. Há ainda os que defendam, mais uma vez, uma candidatura do senador Esperidião Amin (PP) ao governo, tese que emplacaria bem caso o presidente Jair Bolsonaro se filiasse ao Progressistas.
Jorginho Pereira pode seguir Jorge Boeira no PSB
Ligado ao grupo do ex-deputado federal Jorge Boeira dentro do Progressistas, vereador araranguaense Jorginho Pereira vive um dilema. Em princípio, ele é pré-candidato a federal pela legenda, teoricamente, na vaga que foi deixada aberta pelo próprio Boeira, pelo menos em nossa região.
O problema de Jorginho é que Boeira está com um pé e meio fora do Progressistas, de malas prontas para ir para o PSB, objetivando ser candidato ao Governo do Estado. Por conta dos fatos, neste momento, Jorginho ainda não sabe se fica no Progressistas e banca uma candidatura a federal pelo partido, ou se migra para o PSB, para concorrer por este partido à Câmara Federal.
Se seguir Boeira perde a chance de construir um projeto à Prefeitura de Araranguá, pelo Progressistas, em 2024. Se ficar, pode ser isolado, pelo fato de estar muito ligado a Jorge Boeira.