Rolando Christian Coelho, 02/08/2021
Bolsonaro e o tal do voto impresso
Manifestações pelo voto impresso têm tomado conta do país, sob a batuta dos articuladores políticos do presidente Jair Bolsonaro (S/P).
Muito mais do que querer, de fato, que o voto para a escolha do presidente da República seja novamente feito a caneta, o que Bolsonaro quer mesmo é mobilizar suas bases eleitorais, francamente atordoadas por conta dos frenéticos ataques que o presidente vem recebendo ao longo de seu mandato.
Diante de um Supremo Tribunal Federal que cada vez menos inspira confiança ao povo brasileiro, o discurso de Bolsonaro pelo voto impresso tem ganhado força. Vale lembrar que o STF tem dito, de forma reiterada, que o sistema de votação eletrônica do Brasil é totalmente confiável. O senso comum acha que não, afinal de contas, se até o whatsapp pode ser clonado, porque que o voto eletrônico não poderia?
Lenda urbana, ou não, o fato é que a possibilidade de fraude eleitoral no sistema de votação brasileira tem engordado o coro em prol de Bolsonaro, através da vitimização. Nada diferente do que a esquerda fez durante anos no Brasil, e ainda o faz até hoje, através de bandeiras difusas.
O dia em que a miséria acabar no país, por exemplo, boa parte da esquerda ficará sem chão. Em política, é preciso sempre haver algo que se possa combater para a liderança se justifique.
Para Bolsonaro, se houvesse um grande acordo pela volta do voto impresso, isso seria muito ruim. O discurso acabaria. Do mesmo modo, para a esquerda, acabar com a miséria no país seria péssimo.
Colombo está assanhado para disputar o Governo
Depois da divulgação dos números da pesquisa Lupi & Associados, que o colocam em pé de igualdade com o governador Carlos Moisés da Silva (S/P) na disputa pelo governo catarinense ano que vem, ex-governador Raimundo Colombo (PSD) tem mudado de postura.
Antes da pesquisa, Colombo se dizia candidato a majoritária, dando a entender que disputaria o Senado Federal. Maior prova disto foi o fato de ter manifestado apoio a pré-candidatura de Napoleão Bernardes (PSD) ao Governo do Estado.
Com a pesquisa mostrando que Colombo tem reais chances de vitória ao governo, seu posicionamento passou a ser outro. Sinal de alerta para Moisés, caso ele não feche de vez com o MDB.
Carlos Moisés não é o preferido dentro do MDB
No final de semana conversei com algumas lideranças estaduais do MDB catarinense, ocasião em que lhes interpelei sobre a possibilidade do governador Carlos Moisés da Silva migrar para o partido.
Em linhas gerais, a situação dentro do MDB é a seguinte: o partido vai primeiro apostar em um nome próprio para o embate eleitoral de 2022. A possibilidade de uma declaração de apoio à reeleição de Carlos Moisés só se daria depois de exauridas as opções internas do partido.
Afora isto, o MDB também vê com certa desconfiança algumas amizades políticas do governador, principalmente no que diz respeito ao Progressistas. Basicamente, fica subentendido que o governador precisaria primeiro assumir o MDB, para que depois o MDB pensasse em assumi-lo.
Jorginho Mello ainda não se definiu sobre Ministério do Turismo
Sondado para assumir o Ministério do Turismo, senador Jorginho Mello (PL) ainda não se posicionou oficialmente a respeito.
Ele manifestou o desejo de assumir a pasta, mas condicionou isto a uma maior autonomia financeira para o setor, e a recursos específicos destinados para Santa Catarina em sua possível nova função.
Projeto precisa ser bem avaliado pelo senador, já que, como ele almeja disputar o Governo do Estado ano que vem, sua presença no comando do Ministério teria que terminar no início de abril de 2022.
Seriam apenas oito meses frente ao Ministério, tempo insuficiente para o desenvolvimento de qualquer projeto mais robusto no poder público, onde as realizações se dão, em média, em 18 meses.
Falta de segurança está assombrando nossa região
Nada menos do que 18 assassinatos em 2021 é o que nos sentencia a manchete do Correio do Sul de hoje.
Não precisa ser nenhum gênio para observar que nossa região está precisando urgentemente de investimentos no setor de segurança pública, de modo a evitar que a criminalidade se banalize de vez aqui no Extremo Sul Catarinense.
Ainda que a grande maioria dos assassinatos, em princípio, se trate de acertos pessoais, o que se observa é que há uma capilarização da marginalidade, passando a impressão que os bandidos estão tomando conta de um espaço até pouco tempo atrás ordeiro e promissor.
Investimentos em policiamento ostensivo, em investigação e em tecnologia policial fatalmente acuariam os criminosos, trazendo mais segurança social.