Rolando Christian Coelho | Antídio quer PSD, PSDB e União numa aliança

Pré-candidato ao governo pelo MDB, Antídio Lunelli quer aliança com PSD, PSDB e União Brasil

Rolando Christian Coelho, 24/03/2022

Antídio quer PSD, PSDB e União numa aliança

Entrevistei ontem o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, pré-candidato do MDB ao Governo do Estado, a respeito de seus próximos passos diante da eleição deste ano. Antídio confirmou que no próximo dia 2 de abril irá renunciar ao comando do executivo de seu município, e, a partir de então, se dedicará integralmente a seu projeto político.

Francamente vocacionado ao empreendedorismo, Antídio Lunelli não escondeu seu desejo de implantar na gestão pública os princípios básicos da iniciativa privada, como forma de acelerar o desenvolvimento de Santa Catarina. “Temos que acabar com a burocracia governamental, com as amarras que impedem nosso Estado de se destacar definitivamente no cenário nacional. Se o poder público fosse vocacionado ao empreendedorismo, o Brasil seria facilmente a terceira economia do planeta”, resumiu o prefeito.

No que diz respeito às questões partidárias, Antídio está focado em dois propósitos básicos: consolidar a unidade emedebista, buscando definitivamente o apoio dos deputados estaduais do partido para seu projeto, e, de forma paralela a isto, costurar o apoio de outras legendas a sua pré-candidatura.

Neste sentido, cita PSD, PSDB e também o União Brasil, mas deixa escapar que (apenas) “dois partidos grandes deverão estar com o MDB nas eleições deste ano”.

O grande dilema que acomete hoje o MDB diz respeito a dúvida quanto a uma candidatura própria, ou não, ao Governo do Estado neste ano. Caso a legenda opte por ser protagonista nas eleições deste ano, Antídio será o candidato ao governo.

Todavia, há também a possibilidade de que o partido convirja em direção ao governador Carlos Moisés da Silva, indicando seu vice. Sobre este tema, Antídio Lunelli foi categórico, enfatizando que seu nome foi homologado como pré-candidato, e que, por conta disto, levará seu projeto adiante.

“O governador Carlos Moisés teve a chance de vir para o MDB para ser candidato pelo partido. Ele não quis. Então eu estou me dispondo a isto, e conto com a imensa maioria das bases do partido para este projeto”, enfatizou.

 

Antídio está apostando na força do MDB

Em sua entrevista, Antídio Lunelli não se fez de rogado, e disse estar apostando na força das bases do MDB para disputar o governo estadual. Citou o fato de o partido contar com 95 prefeitos, 66 vice-prefeitos e 800 vereadores, como o principal diferencial da legenda em relação a eventuais adversários. “Temos o maior partido, a maior estrutura, e a maior vontade de vencermos”, comentou. O que se percebe pela fala de Antídio é que os deputados estaduais do MDB terão muita dificuldade em convencê-lo a mudar de ideia. Talvez, a única maneira de Antídio não levar seu projeto adiante seja através de uma explícita frustração frente as pesquisas eleitorais. Se elas forem sistematicamente desfavoráveis, daqui para frente, quem sabe ele desista. Se houver luz no fim do túnel, no entanto, ele seguirá adiante.

Moreira deu tiro no pé ao criticar estrutura do MDB

Nitidamente imbuído do desejo de alfinetar o atual comando do MDB estadual, que tem na presidência o deputado federal Celso Maldaner, o ex-governador Eduardo Moreira (MDB) tem justificado o fato de não levar sua candidata a deputado estadual adiante, a uma suposta “lista magra” de candidatos do partido à Assembleia Legislativa e também à Câmara Federal.

Ao tentar atingir Maldaner, principal avalista da candidata de Antídio Lunelli ao governo, o ex-governador não se deu conta que a tal lista magra é composta, em sua maioria, por deputados estaduais que apoiam a ideia do MDB indicar o candidato a vice do governador Carlos Moisés da Silva. Numa só tacada, Eduardo Moreira descontentou os emedebistas simpatizantes de Antídio, como também os simpatizantes do governador.

Alckmin oficializa ingresso no PSB para ser vice de Lula

Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, oficializou ontem seu ingresso no PSB, com o propósito de concorrer ao Palácio do Planalto como candidato a vice na chapa a ser encabeçada pelo ex-presidente Lula da Silva (PT). O objetivo de Lula com a articulação é um só: tentar melhorar sua imagem, especialmente no Sudeste do país. O petista já domina politicamente o Nordeste, que concentra 25% do eleitorado do Brasil.

Se conseguir leve vantagem no Sudeste, que detém 45% dos eleitores, Lula passa a ter reais chances de eleição. A grande maioria dos partidos de esquerda está bufando contra Lula por conta desta articulação. O ex-presidente sabe, no entanto, que, no segundo turno, não haverá um socialista ou comunista que deixará de votar nele para votar, por exemplo, em Jair Bolsonaro.

Berger e Búrigo mudam de partido para 2022

E na dança das cadeiras, senador Dário Berger deixou ontem o MDB e se filiou ao PSB, em princípio, para disputar o Governo do Estado. Por sua vez, o ex-prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, anunciou que está de saída do PL e pronto para integrar o cast de candidatos a deputado estadual do União Brasil.

A decisão de Búrigo tira um peso das costas do ex-vereador araranguaense Marco Antônio Mota, o Motinha (Rep), já que o ex-prefeito também estava negociando com o Republicanos, para disputar o parlamento estadual pela legenda.

Por sua vez, quem terá que conviver com Márcio Búrigo em suas bases aqui na nossa região é o advogado araranguaense Ricardo Ghellere, que também deverá ser candidato pelo partido à Assembleia Legislativa. Búrigo já começou seus contatos para aglutinar seus novos apoiadores.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.