Rolando Christian Coelho | 29/09/2023 | Progressistas de SC parece ter dois comandos

Nos últimos dias acompanhamos movimentações no Progressistas de Santa Catarina que demonstraram claramente a divisão existente na cúpula do partido.

De um lado estão os deputados estaduais José Milton Scheffer, Altair Silva e Pepê Collaço. Do outro estão o senador Esperidião Amin, o ex-deputado federal Leodegar Tiscoski e o secretário estadual da legenda, Aldo Rosa.

O interessante é que os dois grupos dão a entender que querem a mesma coisa para o partido. Ambos falam em reoxigenação, novas filiações de peso e projetos para 2024. Nas internas, no entanto, não estão se entendendo.

Nesta semana, por exemplo, os três deputados convocaram os 54 prefeitos e os 48 vices do partido para um encontro em Florianópolis.

Deste total, 45 prefeitos e 31 vices atenderam a convocação e participaram do encontro. Interessante observar que o evento não foi convocado pela executiva estadual do Progressistas, e sim pelos parlamentares estaduais do partido.

Os deputados alegam que em três anos foram feitos vários pedidos para que o comando estadual convocasse os prefeitos para um grande encontro estadual. Como isto nunca foi feito, os próprios parlamentares tomaram a decisão de fazê-lo.

Vale ressaltar que nenhum membro da executiva estadual do partido foi convidado para o encontro com os prefeitos e vices.

Concomitante a isto, o então presidente em exercício da legenda, Esperidião Amin, deixou a função, colocando nela Leodegar Tiscoski, que pretende realizar em novembro convenção para compor o novo comando da legenda.

Os deputados do partido, no entanto, têm a séria desconfiança de que Amin, Leodegar e Aldo Rosa nutrirão esforços para que o destino do Progressistas continue passando pelas mãos deles, o que, hipoteticamente, significaria manter o comando do partido longe de suas bases. Interessante observar que não é isto o que diz Leodegar.

Em suas falas ele tem ressaltado justamente a necessidade de se trazer novos ares à legenda. Enquanto isto não acontece, o partido segue com duas estradas em paralelo, com claros sinais de que os deputados, prefeitos e vices da legenda tentarão tomar a executiva do partido em novembro, jogando para escanteio o grupo de Esperidião Amin.

Finais

Executiva municipal do MDB de Timbé do Sul tem se reunido quinzenalmente, objetivando traçar estratégias para o pleito municipal do ano que vem. O partido é oposição à gestão municipal, comandada pelo prefeito reeleito Beto Biava (PP).

Paralelo a isto, a legenda também tem feito reuniões de mobilização nas comunidades, com a última delas tendo sido realizada na localidade Molha Coco, com cerca de cem pessoas.

Na ocasião, representantes do PSDB reafirmaram a disposição de coligar com o MDB, indicando o candidato a vice do partido, nas eleições municipais do ano que vem.

Por enquanto, quatro emedebistas colocaram seus nomes a disposição para concorrer como candidato a prefeito: Ademilson Luiz, Marlon Panatta, Eclair Coelho e Wilson Borges. Até fevereiro um deles deverá ser o escolhido como pré-candidato oficial do partido ao executivo municipal.

Operação Mensageiro, que investiga esquema de fraude em licitações ligadas ao recolhimento e destinação de lixo em vários municípios de Santa Catarina, condenou, ontem, dez réus, de Itapoá, por organização criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.

Uma das sentenças ultrapassou os 59 anos de prisão. Trata-se da mesma operação que colocou atrás das grades, de forma preventiva, o ex-prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e seu então vice, Caio Tokarski (União).

Ambos já soltos aguardando julgamento. As sentenças proferidas aos réus de Itapoá são as primeiras no âmbito da Operação Mensageiro, e de certa forma dão o toque de caixa de como deverão ser julgados os demais réus, de outros 21 municípios do Estado, que, de acordo com o Ministério Público Estadual, participaram o esquema fraudulento.

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