Rolando Christian Coelho | 27/03/2023 | Estamos perdendo oportunidades

Nos últimos 15 dias fiquei afastado deste espaço por conta de uma viagem à Itália, a convite do Instituto Anita Garibaldi, de Laguna. A incursão àquele país teve como principal objetivo visitar locais históricos por onde passaram Anita e Giuseppe Garibaldi, como também estreitar relações institucionais entre municípios italianos que foram palco de acontecimentos históricos envolvendo os dois heróis, e municípios catarinenses que tiveram a mesma primazia.
Foi muito interessante observar o quanto os italianos cultuam a figura de Anita Garibaldi, e de Giuseppe, por óbvio, e, neste quesito, não há sequer como fazer comparativos com os brasileiros, e tampouco com os catarinenses e gaúchos, populações que conviveram mais proximamente com eles. Na cidade italiana de Cesenatico, por exemplo, em 2 de agosto há uma grande festa todos os anos, pois neste dia, em 1849, Anita e Giuseppe passaram por ali durante sua fuga de Roma em direção a Veneza, perseguidos que estavam pelos austríacos. Exemplos como estes são tantos, e tão abundantes, que ficaria enfadonho discorrer sobre todos, mas provam, de forma inconteste, o quantos nós brasileiros, e especialmente nós sulistas, menosprezamos nossas figuras históricas.
Afora as questões de ordem intelectual, que de fato são uma grande perda para quem não valoriza a história, nitidamente estamos perdendo muito, também, nas questões que envolvem o turismo. Estima-se que existam no mundo um milhão de garibaldinos, que, em suma, são pessoas que admiram os feitos de Anita e Giuseppe Garibaldi, e que, entre outras coisas, gostam de conhecer os locais por onde eles passaram. Simples. Mas no Brasil, que locais são estes?
No litoral catarinense Anita e Giuseppe passaram por quase todos os municípios litorâneos, mas a absoluta maioria não tem sequer uma placa relevando este fato. Monumentos, então, nem se fala. Tudo isto acaba desassociando estas figuras históricas da nossa realidade, gerando uma grande evasão de divisas turísticas. Nada que não possa ser revertido, mas é preciso vontade política para criar uma nova realidade.

 

Finais

Presidente do MDB de Santa Catarina, Carlos Chiodini, que é deputado federal, quer realizar as convenções municipais do partido em abril, ao invés de outubro, mês quando tradicionalmente elas ocorrem. Na ocasião, deverão ser eleitos os novos membros dos Diretórios Municipais, as Comissões de Ética e Disciplina dos municípios, e os delegados para a convenção estadual com vistas ao pleito de 2026. Chiodini sugeriu as datas de 14, 15 ou 16 de abril para a realização das convenções. De acordo com ele, ao se adiantar as convenções, o partido terá mais tempo de se organizar internamente para o pleito do ano que vem. Dos 99 prefeitos do partido, metade tem a intenção de disputar a reeleição. A outra metade ainda não se decidiu.

Diante da possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficar inelegível para o pleito eleitoral de 2026, direita brasileira vem começando a trabalhar alternativas. A primeira foi lançada pelo próprio Bolsonaro, ao bancar sua esposa, Michele, para presidir o PL Mulher Nacional. Outra frente vem se dando em torno do senador Sérgio Moro, que está filiado ao União Brasil, mas cuja migração para o PL é só questão de acerto. Moro vem se mostrando cada vez mais um anti-petista, o que tem agradado os adeptos do bolsonarismo. Por fim, e dentre as pratas da casa, o PL conta com a filiação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o mais preparado dentre todos os bolsonaristas para o embate de 2026.

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