Pelo menos quatro candidatos que disputaram prefeituras municipais em nossa região, e nunca se elegeram prefeito, estão colocando seus nomes a disposição para o pleito municipal do ano que vem.
Em Meleiro, Rogildo Bordgnon (PSDB), que já foi vice-prefeito entre 2017 e 2020, e disputou o executivo como candidato a prefeito na última eleição, é um destes nomes.
Seu mandato de vice foi cumprido na chapa encabeçada pelo prefeito Eder Mattos (PL), em sua primeira gestão.
Já em São João do Sul estão os outros três casos. Gilberto Delfino, o Betinho, disputou a prefeitura em 2000, à época filiado ao PPB, e foi derrotado pelo então ex-prefeito Antônio de Oliveira Cardoso, o Toninho (MDB). Hoje Betinho está filiado ao PL.
Também no município, Dionei Oliveira Eugênio (MDB), disputou a prefeitura em 2008, perdendo aquele pleito para o prefeito reeleito Alex Bianchin, à época filiado ao PT e hoje filiado no PDT.
Por fim, Paulo Sérgio Cardoso Claudino, o Paulinho (Rep), concorreu ao executivo municipal em 2020, perdendo para o projeto de reeleição do prefeito Moacir Teixeira (MDB).
Para 2024, Dionei, Betinho e Paulinho estão no radar, se colocando à disposição para disputar a Prefeitura Municipal de São João do Sul.
Há outros nomes que também podem voltar ao cenário eleitoral ano que vem. Um deles é o de Clodoaldo Patrício, que disputou a Prefeitura de Sombrio pelo PRTB em 2020.
O partido, no entanto, está mudando seu comando, o que provavelmente fará com que Clodoaldo se abrigue em outra sigla caso postule disputar o executivo sombriense.
Por sua vez, em Araranguá, Ricardo Ghellere, que disputou a prefeitura também pelo PRTB em 2020, é outro nome ventilado para 2024.
Há de se ressaltar que nem Clodoaldo, nem Ricardo, têm se colocado como pré-candidatos a prefeito.
Já o número de candidatos a prefeito que disputarão a reeleição, e de ex-prefeitos que tentarão voltar ao comando dos executivos municipais, é recorde.
Dos onze prefeitos que podem disputar a reeleição, todos eles deverão tentar um segundo mandato.
Afora isto, há oito ex-prefeitos que também tentarão voltar ao comando das prefeituras de seus municípios.
Finais
PSDB catarinense sofreu mais uma baixa de peso. Leonel Pavan, que já ocupou os cargos de vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, vice-governador e governador do Estado deixou o ninho tucano e se filiou ao PSD.
A filiação se deu no PSD de Camboriú, município vizinho a Balneário Camboriú, onde Pavan fez carreira política.
O PSDB tem sofrido perdas relevantes em Santa Catarina, como foi o recente caso do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, que deixou a legenda e também se filiou ao PSD.
fato é que os tucanos estão sem porta robusta de entrada tanto no Governo do Estado quanto no Governo Federal.
Com isto a legenda tem definhado a cada dia que passa. Astuto, o PSD é quem mais tem sabido capitalizar com o infortúnio alheio.
Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Ricardo Guidi, que é deputado federal licenciado pelo PSD, diz que não pretende deixar o partido para disputar a Prefeitura de Criciúma.
Na prática, deve ir para o tudo ou nada com vistas à 2024, já que o prefeito criciumense Clésio Salvaro (PSD) não esconde de ninguém seu desejo de ver seu Secretário Geral de Governo, Arleu da Silveira (PSDB), como futuro prefeito do município.
Se não deixar o PSD para disputar o executivo municipal, Ricardo corre o risco de não ter seu nome endossado por seu partido.
Por outro lado, se deixar o PSD e se filiar ao PL, como é especulado, pode perder seu mandato por infidelidade partidária.
No caso de deixar o PSD e não se eleger prefeito, ficaria mais de dois anos sem mandato.