Passado o pleito eleitoral de 2022 e a tal da temporada de verão findada mês passado, o foco agora são as eleições de 2024. Aqui e acolá a movimentação é esta. Em nossa região, onze prefeitos estão aptos a disputar a reeleição, e em princípio, todos eles deverão postular um segundo mandato. Só quem está de fora da lista são os prefeitos de São João do Sul, Moacir Teixeira (MDB), de Jacinto Machado, Gaiola Mezzari (MDB), de Timbé do Sul, Beto Biava (PP) e de Meleiro, Eder Mattos (PL), que já cumprem o segundo mandato. Todos eles, no entanto, terão seus candidatos preferenciais, em princípio, ligados a seus respectivos partidos.
Os onze prefeitos que disputarão a reeleição têm 85% de chances de conquistar um segundo mandato. Pelo menos esta é a média daqueles que têm tentado se manter à frente dos executivos municipais, nas últimas eleições, na região da Amesc. Sendo assim, nove deverão se reeleger e dois não. Já dos quatro que tentarão eleger sucessores, dois deverão conseguir seu intento e outros dois não. Mas, por óbvio, tudo isto é apenas aritmética, baseada em eleições passadas.
Em princípio, o que deverá definir mesmo quem irá se reeleger e quem irá eleger seus sucessores, é a manutenção ou não das alianças formadas em 2020. A reedição dos times vencedores é o primeiro passo para a vitória seguinte. Em não sendo possível isto, é necessário que as novas alianças sejam tão fortes quanto as que levaram a vitória passada. Mas nem só de articulação política vive uma campanha eleitoral. Neste sentido, cumprir com os compromissos de campanha é fundamental para encaminhar projetos vitoriosos ano que vem.
Ideologicamente falando, terão mais chances de eleição aqueles que tiverem um discurso mais alinhado com a direita. Neste sentido, quanto mais conservador for o discurso, maior a chance de êxito eleitoral, salvo se o município contar com múltiplas candidaturas a prefeito, o que poderia levar até mesmo alguém a vencer a eleição municipal com cerca de 30% dos votos, todos de esquerda. Sendo assim, quanto mais candidaturas a prefeito um município tiver, maiores serão as chances de a esquerda vencer.
Finais
Prefeitos da Amesc já começaram a conversar entre si vislumbrando a possibilidade de solicitar uma audiência conjunta com o governador Jorginho Mello (PL). Objetivo é um só: reivindicar a liberação dos recursos conveniados com o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep), junto às prefeituras, sem burocracia, nem mais delongas. A atual gestão estadual já editou decreto normatizando a nova forma de se receber os tais recursos conveniados, mas a burocracia para isto é de tal monta que a maioria das prefeituras nem sabe por onde começar. A absoluta maioria dos prefeitos insiste na tese de que Jorginho Mello deveria meramente dar sequência ao que vinha sendo feito, na base do “dinheiro para cá, obra para lá”. O atual governador, no entanto, é totalmente avesso a esta ideia, alegando, principalmente, questões legais para este modus operandi.
PTB de Balneário Gaivota deverá se solidificar definitivamente no município. O partido está prestes a receber a filiação do vice-prefeito Jonatã Coelho, atualmente filiado no Republicanos. Afora este fato, a legenda deverá contar, a partir do ano que vem, quando se abre a janela de transferência legislativa, com as filiações dos vereadores Paulinho da Silva (PP) e Anderson Santos, o Nando (PSD). Paulinho é o atual presidente da Câmara Municipal de Vereadores. Em princípio, de forma natural, o PTB deverá indicar o candidato a vice na chapa do prefeito Kekinha dos Santos (PSDB), em 2024, através do próprio Jonatã. Toda esta movimentação acaba colocando a legenda entre os grandes partidos do município, com reais chances de bancar uma candidatura a prefeito em eleições vindouras.