Rolando Christian Coelho | 23/08/2023 | Brasil é uma piada mal contada

O Tribunal Regional Federal, de Brasília, manteve decisão que havia arquivado a ação de improbidade administrativa contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A ação, proposta pelo Ministério Público Federal, foi a mola mestre que levou ao impeachment de Dilma em 2016, no famoso caso das pedaladas fiscais. Passados sete anos, a justiça “deu ganho de causa” a ex-presidente, que em princípio não poderia ser responsabilizada pelas tais pedaladas. Na prática, Dilma perdeu seu mandato de forma injusta.
Cerca de dois anos depois, em 2018, o ex-presidente Lula da Silva (PT) foi preso, em meio a acusações derivadas de investigações da Operação Lava Jato. Lula ficou 580 dias na cadeia, para depois ser solto diante da anulação de todas as acusações que pesavam contra ele. Na prática, Lula foi preso mesmo sendo inocente.
Se voltarmos um pouco no tempo vamos observar outro processo de impeachment que também se tornou inócuo. Trata-se da perda de mandado do ex-presidente Fernando Collor de Mello, atualmente filiado no PTB. Em setembro de 1992 ele renunciou à Presidência da República para escapar do impeachment, objetivando não ficar inelegível por oito anos. Mesmo assim, o Congresso Nacional levou o processo adiante, cassando seu mandato. Pesava contra Collor de Mello a acusação de se utilizar de sobras de recursos da campanha presidencial de 1989 para o pagamento de suas despesas pessoais, dentre outras acusações correlatas. Anos depois Collor foi absolvido. Na prática, a exemplo de Dilma, ele também teria perdido seu mandato de forma injusta.
A vítima da vez, agora, é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado através de múltiplas frentes, que vão desde cumplicidade nos ataques de 8 de janeiro, em Brasília, até a apropriação e venda de joias pertencentes a Presidência da República. Ainda é difícil saber onde tudo isto vai parar, mas a única certeza que se tem é que se for condenado agora, daqui a alguns anos Bolsonaro será absolvido. Pode parecer piada, mas é exatamente assim que o Brasil funciona.

Finais

Ex-vice-prefeito de Turvo, Edson Dagostin, o Pisca (MDB), que concorreu ao executivo municipal em 2020, diz que não pretende postular nenhum cargo na eleição do ano que vem. De acordo com ele, o MDB deverá trabalhar pelo lançamento do nome do empresário Selvino Londero (MDB) como candidato a prefeito. De acordo com Pisca, seu partido só precisa estar unido para ter reais chances de vitória em 2024. “Precisamos aparar algumas arestas. Se o MDB conseguir fazer isto, não vejo dificuldades em termos uma candidatura forte e com chances de eleição”, comenda o ex-vice. Do outro lado da moeda, o Progressista apostas suas fichas no projeto de reeleição do prefeito Sandro Cirimbelli (PP). Ele, no entanto, diz que só concorrerá se sua gestão tiver aprovação popular, o que seria auferido através de pesquisas.

Já se passaram três meses desde que o governador Jorginho Mello (PL) se reuniu com prefeitos de nossa região, na sede da Amesc, em Araranguá, e até agora nada da liberação de recursos para as prefeituras municipais, conforme prometido. Naquela ocasião, os prefeitos reivindicaram ao governador que fossem liberados os recursos que haviam sido acordados com o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep). Jorginho disse que era impossível atender todos os pedidos, pois o Governo do Estado não dispunha “daquela dinheirama toda” que havia sido prometida por Carlos Moisés. De todo modo, conversando com cada um dos prefeitos em separado, o governador se comprometeu com a liberação de valores distintos para as prefeituras, na média de R$ 2 milhões por município. Por enquanto, os prefeitos permanecem a espera da liberação.

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