Rolando Christian Coelho | 18/05/2023 | Deltan cassado para alegria dos corruptos

Tribunal Superior Eleitoral lançou mão da Lei da Ficha Limpa para cassar o mandato de deputado federal do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, do Podemos do Paraná. O argumento para a cassação é totalmente retórico. Deltan teve seu registro de candidatura indeferido, por ele ter deixado a carreira de procurador da República enquanto estava envolvido em sindicâncias junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. Mais prático do que isto para tirar o mandato de um deputado, somente a sessão do TSE que tratou do tema, e que levou pouco mais de um minuto para mandar Deltan para casa.
Em sua defesa, o ex-deputado argumentou que somente integrantes do Ministério Público Federal que tenham deixado seu cargo por conta de processo administrativo disciplinar é que estão sujeitos a ser enquadrados na Lei da Ficha Limpa, o que não seria o seu caso. Ou seja, somente alguém que houvesse sofrido alguma sanção administrativa é que poderia se tornar inelegível.
Independentemente da tese do TSE, e dos argumentos de Deltan Dallagnol, o fato é que o meio político corrupto do Brasil está em festa. São poucos os que querem um parlamentar vocacionado ao combate a corrupção, como é o caso de Deltan, dentro do Congresso Nacional. Como eles já são raros, a cassação de Deltan fará falta.
Talvez como medida compensatória, especialmente para o movimento bolsonarista, a de se ressaltar que a vaga de Deltan Dallagnol será preenchida pelo pastor Itamar Paim, do PL de Paranaguá. Não que os trabalhos de ambos se equivalham, ou que Itamar poderá substituir Deltan com suas atividades na Câmara Federal. Todavia, tanto Deltan quanto Itamar Paim conseguiram suas votações em meio ao movimento bolsonarista de 2022. Com esta substituição, o PL passa a ter 100 deputados federais.

 

Finais

Com a temporada de caça à lideranças política aberta, Progressistas está focando suas baterias, também, na ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, que é natural de Timbé do Sul. Após comandar São José em duas ocasiões sucessivas, Adeliana foi candidata a deputada estadual ano passado. Ela esperava receber o apoio do prefeito josefense Orvino de Ávila (PSD), o qual ajudou a eleger em 2020, mas isto acabou não acontecendo. Descontente, a ex-prefeita deixou o PSD e abriu conversações com outras legendas. Nesta semana, os deputados estaduais José Milton Scheffer (PP), Pepe Colaço (PP) e Altair Silva (PP), além do presidente estadual do Progressistas, Silvio Dreveck, formalizaram o convite de filiação a Adeliana, que permanece prospectando possibilidades. Paralelo a esta movimentação, a legenda também mantém conversações abertas com o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), com o mesmo objetivo.

União Brasil de Araranguá está prestes a ser montado, sob a presidência do ex-vereador Kila Ghellere. Basicamente, o partido contará com a participação dos atuais integrantes do Podemos araranguaense, e com outras lideranças políticas oriundas de outros partidos. No ano que vem, o União Brasil deverá contar com as filiações do presidente da Câmara Municipal, Luciano Pires (Podemos), e também com os vereadores Samuel Nunes, o Samuca (PSD), Nelson Soares da Silva Neto (PDT), e Diego Pires (PDT). Para isto, no entanto, é necessário que se abra a janela de transferência partidária, que acontece durante 30 dias, seis meses antes do pleito eleitoral que acontecerá em outubro do ano que vem. Tanto o presidente estadual do União Brasil, Gean Loureiro, quanto o deputado federal Fábio Schiochet (União), deram carta branca para o novo grupo que integrará o partido.

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