Hoje é o Dia Internacional da Mulher, e nada melhor do que esta data para refletirmos sobre o papel das mulheres na política. Papel, aliás, ainda secundário, seja em nível nacional, estadual ou regional. Aqui no Extremo Sul Catarinense, por exemplo, apenas o município de Sombrio é administrado por uma mulher, a prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB). Nos outros demais 14 municípios, nem mesmo a vaga de vice é ocupada por uma mulher. Nas Câmaras Municipais de Vereadores a realidade não é diferente. Das 143 cadeiras legislativas, no conjunto dos municípios da Amesc, nem 10% é ocupada por mulheres.
A Legislação Eleitoral tem feito a sua parte, destinando 30% das vagas de candidaturas legislativas ao gênero feminino, mas, não raro, faltam mulheres para disputar as eleições, sejam elas municipais ou estaduais. E se faltam, é porque estamos carentes de líderes mulheres.
É claro que não há de se culpar as mulheres por conta deste apagão de lideranças femininas. Estivemos por mais de um Século à mercê de regras eleitorais rançosamente machistas, que somente com o aurorescer do Século XXI começaram a ser derrubadas. Regras, por óbvio, fruto de uma cultura igualmente machista, que relegou as mulheres a um segundo plano na sociedade.
Os tempos, no entanto, são outros, e os espaços estão aí para serem ocupados. Para isto, no entanto, é necessário que as mulheres se disponham a participar dos processos eleitorais como candidatas, seja a que cargo for. Só assim se dará a ocupação destes espaços, hoje, majoritariamente masculino.
Não se trata de uma luta entre o bem e o mal, e tampouco uma guerra dos sexos. Trata-se de ampliar a representatividade feminina na política, para termos, justamente, uma representação política mais equilibrada. O primeiro passo, no entanto, precisa ser dado pelas mulheres. Está nas mãos delas, seja na condição de candidatas ou eleitoras, a participação efetiva dos pleitos eleitorais. Que esta virada de mesa comece por Outubro de 2024.
Finais
- Ex-vereador sombriense Nego Gomes, diz que colocará seu nome a disposição do MDB para disputar a vaga de candidato a vice-prefeito, na chapa a ser encabeçada pela prefeitura Gislaine Dias da Cunha (MDB). Vereador de quatro mandatos, e com passagens tanto pela presidência do MDB municipal, quanto pela Secretária Municipal de Obras, Nego diz que se vê credenciado a disputar a majoritária junto com Gislaine. Em princípio, o vice de Gislaine em seu projeto de reeleição deverá ser novamente o atual vice-prefeito Jeriel Isoppo (MDB). Afora ele, no meio político sombriense, o nome do vereador e atual Secretário Municipal de Obras, Jonas Dávila, tem sido lembrado para o embate majoritário. Agora, o cenário passa a contar também com a disposição de Nego Gomes. Diante de tantas opções, não faltará assunto para se tratar durante o Encontro Regional do MDB, que acontecerá no próximo dia 15, em Sombrio.
- Encontro Estadual do PSD realizado em Criciúma, na quarta-feira à noite, deixou bem claro que o deputado federal e atual Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Ricardo Guidi, não terá espaço no partido para disputar a prefeitura criciumense neste ano. O circo está totalmente montando para que o vereador Arleu da Silveira, que se filiou durante o Encontro ao partido, seja o candidato ao Executivo Municipal, não só com o apoio do prefeito Clésio Salvaro (PSD), como também com o apoio da esmagadora maioria da cúpula da legenda. Exposto como está, a única maneira de Ricardo Guidi se manter vivo na política Sul catarinense é se filiando o PL, do governador Jorginho Mello. Ficando no PSD, não será candidato a prefeito e correrá o sério risco de não ter o apoio de seu partido para disputar a reeleição à Câmara Federal, ou a qualquer outro cargo, em 2026.
- Vereadora gaivotense Maria Nunes, a Maria da Saúde, deixou ontem o MDB e se filiou ao PSDB, do prefeito Kekinha dos Santos. No mês passado, Maria elogiou o prefeito, que esteve na sede da Câmara Municipal de Vereadores para prestar contas de sua gestão. Dentre suas frases, ela disse que estaria com o prefeito até o fim. O comando do emedebista gaivotense entendeu que Maria estaria declarando apoio ao projeto de reeleição de Kekinha, e abriu processo administrativo para expulsar a vereadora por infidelidade partidária, já que o MDB tem pré-candidato a prefeito no município. Descontente com o episódio, Maria da Saúde aproveitou a janela de transferência partidária, aberta no último dia 6, para se filiar ao PSDB. O partido do prefeito passou agora a contar com quatro vereadores na Câmara. Já o MDB, que tinha apenas Maria, ficou sem nenhum.