O ex-governador do Estado Eduardo Pinho Moreira deixará hoje o cargo de diretor financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, o BRDE. Em seu lugar assumirá o ex-deputado federal e ex-prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, filho do ex-governador Vilson Pedro Kleinübing. Moreira ficou a frente de sua função por um ano e sete meses, depois da indicação do ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep), que objetivava trazer o MDB para dentro de seu governo. Já a indicação de João Paulo foi feita pelo governador Jorginho Mello (PL).
Natural de Florianópolis, João Paulo Kleinübing tem 50 anos e é formado em História e Administração de Empresas. Tem mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Oxford na Inglaterra. Ele foi prefeito de Blumenau por duas vezes, deputado estadual, deputado federal, secretário de saúde de Santa Catarina, e também ocupou o cargo de presidente do Badesc e da Eletrosul. Foi membro do Conselho de Administração da Celesc e presidente da Associação dos Municípios do Médio Vale Itajaí.
Por sua vez, Moreira, agora, voltará ao cenário político eleitoral. Uma das possibilidades é a de que ele concorra à Prefeitura de Criciúma no ano que vem, como parte de uma estratégia do fortalecimento do MDB no Sul do Estado. Nos últimos ano o partido tem perdido muito de sua representatividade eleitoral. A legenda já chegou a ter dois deputados federais e três estaduais em um único mandato entre Passo de Torres e Imbituba. Atualmente tem apenas dois estaduais: Tiago Zilli e Volnei Weber. Isto é reflexo direto do desmonte da estrutura partidária emedebista no Sul do Estado.
Moreira enquanto candidato a prefeitura criciumense poderia levantar os ânimos do MDB sulista, supostamente trazendo reflexos positivos para o partido em nossa mesorregião, influenciando no lançamento de múltiplas candidaturas em 2024 em outros municípios, tanto executivas quanto legislativas.
Finais
PEC da Anistia, que foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados nesta semana, e que agora irá para uma Comissão Especial que analisará o tema detalhadamente, deve ter seus efeitos restritos ao pleito eleitoral de 2022. Na prática, a PEC visa anistiar partidos que não aplicaram corretamente recursos de campanha, e que também não destinaram corretamente cotas de gênero e de raça na distribuição de candidaturas parlamentares. Caso na Comissão Especial os efeitos da PEC sejam retroagidos, abrangendo até o pleito eleitoral de 2016, seis vereadores de Sombrio que foram cassados porque seus partidos não cumpriram com cotas de gênero poderão ser anistiados. Por enquanto, não há indicativos de que isto aconteça. A Comissão Especial, no entanto, pode propor a retroatividade.
Durante audiência pública realizada no plenário da Assembleia Legislativa na terça-feira, para discutir as transferências especiais e os convênios do governo estadual com as prefeituras, prefeitos de todo o Estado sofreram um choque de realidade. Isto porque, por parte do governo, ficou bastante claro que as transferências especiais, as chamadas transferências via pix, não existirão mais, e ponto final. Praticamente tudo precisará ser transformado em convênio. O problema é que as 295 prefeituras do Estado acumulam em seu conjunto milhares de projetos nesta modalidade. A absoluta maioria destes projetos com obras em execução. A grande pergunta é uma só: como ficam as obras até que esta mudança burocrática aconteça? Vale lembrar que em muitos municípios as obras paradas já começaram a entrar em estado de depreciação, afinal, já são seis meses de espera.