Morador de Jacinto Machado se envolve em esquema de pirâmide

Reprodução RecordTV

Um pedreiro, morador de Jacinto Machado, descobriu que tem em seu nome uma empresa envolvida em uma fraude de pelo menos R$ 200 milhões. O golpe teria começado há três anos e foi descoberto recentemente.

Sediada em Tubarão, a WorkScore prometia dinheiro fácil através de investimentos em esquema de pirâmide. Dizendo ser uma empresa que vendia produtos importados em plataformas digitais, o grupo permitia aos investidores serem parte do empreendimento com planos de investimentos de até R$ 200 mil, com retorno de 20% ao mês. Além disso, aqueles que trouxessem novos investidores à WorkScore ainda recebiam bônus financeiros.

O empreendimento fez cerca de 30 mil vítimas em todo o país depois que parou de retornar aos investidores seus valores de direito no começo de 2021.

Depois de sofrerem o golpe, alguns clientes contrataram um advogado, investigaram a empresa e descobriram que ela estava registrada no nome de Robson Bauer. O homem teve que sair do imóvel onde vivia após receber ameaças e sofrer perseguição. “Estão me perseguindo para queima de arquivo. Estou tomando comprimidos para a ansiedade, é sempre uma agonia”, diz ele.

Ele conta que há três anos emprestou seu nome para a abertura de uma empresa, mesmo sem conhecimento sobre gestão. O pedreiro, de 47 anos, relata que através de um amigo, conheceu Deivid Davos, morador de Jacinto Machado, para quem emprestou seus documentos, e que não desconfiou de qualquer segunda intenção do homem. “Ele disse que tinha restrições em seu nome, e que me daria 2% para emprestar o meu”, conta. Deivid disse ao pedreiro que a empresa faria serviços de marketing digital.

Quando o dinheiro do esquema acabou, Deivid Davos, que se apresentava como CEO da empresa disse que lançaria ações na bolsa de valores, sugerindo que quem quisesse, poderia converter o saldo que tinha dentro da empresa em cotas de participação.

O advogado que fez as investigações pontuou que a situação foi descoberta quando foi apurada a profissão de Robson, que não condizia com o perfil de um empresário dono de uma empresa avaliada em R$ 90 milhões.

O endereço da empresa em Tubarão foi abandonado, mas as contas de luz do local continuam chegando, em nome do pedreiro Robson.

O golpe está sendo investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina. Os envolvidos podem responder por inúmeros crimes, incluindo estelionato, organização criminosa, e falsidade ideológica.

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