Ronaldinho, que trabalha no Samae de Araranguá há 25 anos, une o útil ao agradável ao arrecadar garrafas pet’s, para produzir artesanato sustentável. Ele já prepara e comercializa adornos para a Páscoa
Araranguá
O encanador Ronaldo Júnior Cardoso, o Ronaldinho, que trabalha no Samae de Araranguá há 25 anos, une o útil ao agradável ao arrecadar garrafas pet’s, para produzir artesanato sustentável. Ele já prepara e comercializa adornos para a Páscoa, cuja a celebração ocorrerá no dia 9 de abril, um domingo.
Ronaldinho conta que resolveu dedicar-se ao artesanato sustentável com base nas observações feitas durante sua rotina profissional e inspirado no programa Globo Rural, onde assistiu um agricultor desenvolvendo esta técnica. “Todos os artigos são feitos a partir do reaproveitamento de garrafas pet, que se não fossem recolhidas poderiam causar prejuízo ao meio ambiente. A utilização deste material, que é fruto de coleta e doação de amigos, vizinhos e colegas de trabalho, me possibilita desenvolver a criatividade, praticar um ato sustentável e, ao mesmo tempo, ampliar a renda familiar”, pondera.
Os produtos do artesão – cestinhas, coelhinhos e lembrancinhas – são comercializados por valor módicos. Ele trabalha no Samae de Araranguá e reside, ao lado da família, na Praia da Caçamba, em Balneário Arroio do Silva. É em seus momentos de folga que Ronaldo confecciona peças artesanais. “Algumas unidades, disponho para pronta-entrega, mas quando os pedidos são de maior quantidade é preciso que o cliente providencie encomendas pelo WhatsApp (48) 98818-4806”, afirma.
SAIBA MAIS:
– Uma garrafa pet pode demorar, segundo o Ibama, de 200 a 600 anos para se decompor no meio ambiente.
– Estima-se que a reciclagem de uma tonelada de plástico economiza 130 kg de petróleo.
– O Brasil é um dos maiores recicladores mundiais de pet. No país, quase 60% das garrafas descartadas são recicladas, afirma a Associação Brasileira da Indústria do Pet (ABIPET).
– As garrafas PET e outros plásticos jogados nos rios e no mar liberam substâncias tóxicas que contaminam a água com o passar do tempo.
– O Instituto de Química da UnB revela que milhares de animais aquáticos morrem todos os anos ao confundir plástico boiando na água com comida. Isso porque o resíduo pode bloquear o estômago ou perfurar os intestinos dos animais.