Presidente Lula da Silva (PT) entregou o Ministério dos Esportes para o deputado federal André Fufuca, do Progressistas do Maranhão, e o Ministério dos Portos e Aeroportos para o deputado federal Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco. Em princípio, isto amarraria os dois partidos à base de apoio de Lula no Congresso Nacional.
A articulação, no entanto, não está tendo ressonância do parlamento federal, onde a maioria dos deputados e senadores dos dois partidos continuam se posicionando de forma independente ao Palácio do Planalto.
Convém lembrar que na eleição do ano passado as duas legendas trabalharam de mangas arregaçadas pelo projeto de reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL), e lhe deram sustentação até o final de seu governo. Virar a casaca antes do final do primeiro ano da gestão de Lula não parece estar nos planos da maioria dos parlamentas dos dois partidos, em que pesem manifestações de apresso pelo presidente, como a do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, do Progressistas de Alagoas, que tem afirmado textualmente que seu partido e o Republicanos estão sim, oficialmente, na base de apoio a Lula.
O fato é que na prática isto não está acontecendo. Deputados federais e senadores filiados aos dois partidos parecem alheios aos acertos que Lula fez com André Fufuca, com Costa Filho, e, por óbvio, com Arthur Lira. Em grande parte, isto está acontecendo porque os Ministérios que foram ofertados ao Progressistas e ao Republicanos não fedem, nem cheiram, na maioria dos Estados.
Provavelmente se Lula tivesse oferecido o Ministério das Cidades ao Progressistas e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional ao Republicanos, a conversa seria bem outra. Se o caminho fosse este, com certeza as barreiras ideológicas que ainda separam o Progressistas e o Republicanos do governo petista de Lula já teriam sido deixadas de lado pela maioria dos parlamentares federais dos dois partidos.
Finais
Município de Ermo comemora hoje seus 30 anos de emancipação político-administrativa. Foi em 19 de setembro de 1993 que aconteceu o plebiscito, objetivando ouvir a população sobre a emancipação do então distrito de Ermo do município de Turvo. Na ocasião, mais de 98% dos votantes disseram sim ao processo emancipatório.
Interessante observar que Ermo foi o primeiro município emancipado do Brasil a utilizar o sistema de urna eletrônica com este objetivo. Pouco mais de três meses depois, em 29 de dezembro de 1993, foi promulgada a Lei Estadual que criava o município de Ermo. A primeira eleição municipal aconteceu em 1996, ocasião que Altamiro Schmidt (MDB), foi eleito, em chapa única, para ser o primeiro prefeito ermense.
Durante incursão que fez pelo Sul do Estado na semana passada, governador Jorginho Mello (PL) fez questão de prestigiar em suas falas o Secretário Estadual do Meio Ambiente e da Economia Verde, Ricardo Guidi, que é deputado federal licenciado. Filiado ao PSD, ele é o único criciumense a integrar o Governo do Estado.
Em princípio, está mais do que claro que Guidi é o candidato de Jorginho à Prefeitura Municipal de Criciúma, ano que vem. Resta saber agora se esta candidatura se dará pelo PSD, ou se Ricardo Guidi migrará para o PL de Jorginho Mello para o embate. Pelo PSD, fatalmente ele teria que entrar em acordo com o prefeito Clésio Salvaro (PSD), que por enquanto quer bancar a candidatura de Arleu da Silveira (PSDB) ao executivo municipal.