Ricardo Guidi, Secretário do Meio Ambiente e da Economia Verde de Santa Catarina
O deputado federal Ricardo Guidi (PSD) assume nesta segunda-feira, 7, um novo desafio: a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde de Santa Catarina. Após o convite do Governador Jorginho Mello (PL), ele se torna o primeiro criciumense no secretariado e seguirá trabalhando pautas de relevância para o Estado, assim como já fazia na Câmara Federal.
Guidi traz na bagagem um legado político e técnico. Bacharel em direito, pós-graduado em gestão empresarial, empresário e produtor rural, ele é filho do ex-prefeito de Criciúma, ex-deputado estadual e ex-secretário de estado, Altair Guidi (in memoriam), e da professora e ex-senadora, Sandra Zanatta Guidi.
O novo secretário conversou com a Coluna e falou sobre suas expectativas para a pasta. Confira:
Pelo Estado – Como o senhor recebeu o convite do governador Jorginho Mello para assumir a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde de Santa Catarina?
Ricardo Guidi – Recebi o convite com muita alegria. Fomos colegas no Fórum Parlamentar Catarinense, ele como senador e eu como deputado federal, e sempre tivemos uma relação muito boa. E numa reunião com a bancada Federal do PSD Catarinense em que estávamos eu, o deputado Darci de Matos e deputado Ismael dos Santos, ele me fez o convite, que eu avaliei com muito carinho e aceitei. Entendi que esta é uma pauta bastante importante, de relevância mundial, que tem sido bastante discutida e percebi que posso contribuir com o setor aqui em Santa Catarina.
PE – O que mais pesou para deixar a Câmara Federal e vir trabalhar no Governo do Estado?
RG – Tiveram algumas questões importantes que precisei avaliar. Uma delas foi a possibilidade de trabalhar a nível estadual o Plano de Transição Energética Justa, relativa ao carvão mineral, que é uma lei que eu provei em Brasília no último mandato e pretendo desenvolver agora, à frente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde. Este é um plano de desenvolvimento sustentável pensando na transição energética, procurando criar vetores de desenvolvimento ligados à economia de baixo carbono. Isto é algo muito importante a meu ver e pesou na minha decisão. Fora o fato de que Criciúma não tinha nenhum representante no secretariado estadual. Vi que fazer essa ligação entre a região Sul e o Governo do Estado era importante. Também tenho a intenção de desenvolver vários outros trabalhos a nível estadual. Santa Catarina é um dos estados mais bonitos do nosso país, temos belezas por todos os lados então, precisamos saber usá-las em prol do nosso desenvolvimento, sabendo preservar esta natureza de maneira sustentável.
PE – Quais os seus planos para a pasta?
RG – Vou procurar achar caminhos para várias ações que o governador Jorginho Mello já vem apontando, como a questão do crédito de carbono, que é algo que está sendo regulamentado também no plano federal, com o objetivo de remunerar aquele pequeno agricultor que cuida da sua vegetação. Acredito que isso precisa ser incentivado e que é um dos caminhos que devemos seguir. Santa Catarina tem também parques belíssimos e precisamos voltar nosso olhar para o cuidado da nossa flora e fauna, então, vamos procurar desenvolver parcerias público-privadas para que a gente possa aproveitar toda essa beleza que a natureza nos proporciona, desenvolver o turismo, gerar emprego, gerar renda. A gente só cuida daquilo que conhece, por isso queremos criar uma consciência ecológica nas pessoas. Precisamos, ainda, trabalhar em conjunto com outros órgãos, buscando, dentro das leis, dar mais celeridade para as licenças que vão, por exemplo, desassorear rios, evitando enchentes, e pretendemos também trabalhar em conjunto com o setor turístico, pensando em agilizar ações que sejam de interesse público.
PE – Natural de Criciúma, o senhor já falou que quer ser o canal de comunicação do município e da região Sul com o Governo do Estado. Como pretende fazer isso?
RG – Estando bastante presente na minha na minha região e ouvindo as demandas. Ontem mesmo participei de uma reunião na Facisc em Criciúma com representantes das associações comerciais industriais de todo o extremo sul catarinense. Junto comigo estava o Secretário de Infraestrutura, Jerry Comper, ouvindo as demandas no setor aqui da região, que é um gargalo bastante importante, porque tem muitas obras em andamento e a gente tem que saber, agora, quais serão as prioridades para levar ao Governador.
PE – Já deu pra entender quais deverão ser as prioridades da sua secretaria?
RG – São inúmeras as prioridades. No setor de infraestrutura, acompanhamos as principais demandas de cada município, mas, no meu ponto de vista, devemos priorizar aquelas que estão quase prontas ou que comportam um tráfego maior de pessoas, isso quando se fala em estradas. Mas, na verdade, temos prioridades em todos os setores e devemos ficar sempre atento a todas elas para levar as demandas ao Governo.
PE – Quais as principais pautas referentes ao desenvolvimento sustentável mirando os municípios do interior do Estado?
RG – Existem inúmeras pautas mirando estes municípios. Uma preocupação que a gente tem é a questão do saneamento básico, do reaproveitamento do lixo, de saber como aproveitar as nossas riquezas naturais dentro da lei, de maneira sustentável. São inúmeras ações que pretendemos desenvolver nesse sentido e que estão sendo estudadas e elaboradas para serem aplicadas pelo Governo do Estado. A própria questão dos parques catarinenses está muito ligada com o desenvolvimento sustentável nessas regiões, porque gera emprego, renda e, principalmente, conscientização das pessoas.