Rolando Christian Coelho | Maldaner diz que ter PSDB como vice seria boa opção

Presidente do MDB, Celso Maldaner, quer ampliação da chapa de Moisés, caso seu partido o apoie em 2022

Rolando Christian Coelho, 16/06/2022

Maldaner diz que ter PSDB como vice seria boa opção

Presidente do MDB de Santa Catarina, Celso Maldaner, deu carta branca para que o ainda pré-candidato do partido ao Governo do Estado, Antídio Lunelli, leve seu projeto adiante. De acordo com ele, se Antídio optar por ser de fato candidato ao governo catarinense, todos os esforços serão nutridos para que isto se viabilize. Todavia, caso a opção seja por uma aliança com o governador Carlos Moisés da Silva (Rep), conforme Maldaner, o ideal seria a ampliação do leque de partidos em torno deste projeto.

Atualmente o governador conta com o Republicanos, o Podemos e, provavelmente, contará também com o PSC, em sua base de apoio. Afora isto, há a expectativa de ter o MDB como aliado, com a sigla ocupando as vagas de vice-governador e de senador da República na majoritária a ser encabeçada por Carlos Moisés. Celso Maldaner, no entanto, vê com bons olhos a possibilidade de o PSDB se encaixar como vice, o que daria maior robustez ao grupo, e também desarticularia os oponentes.

Neste momento, há uma franca conversa do PSDB com Esperidião Amin (PP), para a composição de uma dobradinha majoritária, em princípio, com o Progressista disputando o governo e os tucanos concorrendo como vice. A dupla seria reforçada pelo PTB, que disputaria o Senado.

O presidente de honra do PSDB catarinense, deputado estadual Marcos Vieira, já admitiu que seu partido não se preparou para disputar o governo estadual neste ano. Todavia, diz que os tucanos só apoiarão um candidato a governador que abra espaço majoritário para o partido. Esperidião Amin já ofereceu oficialmente este espaço.

Carlos Moisés não pode fazer isto porque tanto a vaga de vice, como de senador, em sua chapa, já está reservada ao MDB. No entanto, como é o próprio presidente do MDB quem está vislumbrando a possibilidade de o PSDB compor como vice, o caminho para este entendimento fica bem mas fácil de ser trilhado.

A cúpula tucana parece já ter carimbado o nome para a composição, independentemente de qual destino o partido tomará. Neste momento, o ex-senador Dalírio Beber é quem tem recebido a predileção para compor como vice, seja de Amin, seja de Carlos Moisés. É claro que a partir do momento em que uma aliança for fechada outros interessados no processo surgirão. Neste sentido, quem pode ser elencada para uma disputa interna dentro do PSDB é a deputada federal Geovânia de Sá, figura extremamente ligada ao prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB).

Antes de qualquer desdobramento, no entanto, é preciso aguardar pela posição oficial de Antídio Lunelli a respeito da manutenção, ou não, de sua pré-candidatura. Ele disse que se pronunciará na próxima segunda-feira, dia 20. A partir daí é que se desencadearão todas as demais articulações.

O tempo parece não ter ensinado muito a ex-senadora Ideli Salvatti (PT). Nesta semana ela se dedicou a defender a unidade da esquerda catarinense, ressaltando que somente a coesão dos partidos deste viés ideológico no Estado é que possibilitará a ida do grupo para o segundo turno. Sua fala foi uma espécie de resposta ao senador Dário Berger (PSB), que promete se candidatar ao governo catarinense, em um projeto de esquerda paralelo a candidatura de Décio Lima (PT) ao mesmo cargo.

De acordo com Ideli, não há sentido em uma segunda candidatura de esquerda em Santa Catarina, já que o PT seria o partido que reúne as melhores condições para levar todo o grupo para a segunda etapa da eleição. O “detalhe” da história é que Dário está bancando sua candidatura ao governo justamente porque o PT não abre espaço para maiores discussões a respeito do assunto.

Na semana passada Décio Lima chegou a apresentar Gelson Merísio (SD) como seu candidato a vice, num projeto que teria Afrânio Boppré (Psol) disputando o Senado. Foi justamente este pacote pronto que desencadeou o projeto de Dário. Pacote que, pelo visto, também é defendido por Ideli Salvatti e que somente ajudará a inflamar a candidatura de Dário ao governo.

Finais

Pesquisa realizada pela Paraná Pesquisas, em um levantamento que ouviu 1.540 eleitores de 9 a 13 de junho, em Santa Catarina, auferiu a intenção de votos na disputa pelo Governo do Estado. A margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%.

De acordo com a pesquisa, o governador Carlos Moisés da Silva (Rep) lidera a corrida eleitoral com 25,4% das intenções de voto, contra 15,5% de Jorginho Mello (PL), 12,1% de Esperidião Amin (PP), e 10,6% de Gean Loureiro (União). Dário Berger (PSB) e Décio Lima (PT), aparecem com 5,3%. Antídio Lunelli (MDB) tem 4,9%. Já, Odair Tramontin (Novo) tem 1,5% e Ralf Zimmer (Pros) tem 0,6%.

Votos bancos, nulos e nenhum somaram 9,1%. Eleitores que não sabem ou não responderam somaram 9,7%. Dentro da margem de erro, Jorginho, Amim e Loureiro estão tecnicamente empatados. O cenário, de fato, não está muito longe desta realidade. Carlos Moisés detém o poder e está aliado, por ora, com o MDB.

Tem obrigação de liderar a corrida eleitoral. Por sua vez, os partidos de centro direita, e direita, estão divididos em Santa Catarina, o que justifica certo equilíbrio entre Jorginho, Amin e Loureiro. O registro da pesquisa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é SC-06333/2022. O

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.