Rolando Christian Coelho, 07/04/2022
Lula está se esforçando para perder a eleição
Ex-presidente Lula da Silva (PT) parece ter desaprendido a arte de fazer política, na medida em que está voltando as suas origens, ao invés de se pautar nas articulações desencadeadas em 2002, 2006, 2010 e 2014, que deram quatro mandatos consecutivos ao PT, no que diz respeito ao comando do Palácio do Planalto.
O famoso Lulinha “paz e amor” do século XXI está sendo deixado de lado e dando vazão a um Lula dos anos de 1980, muito preso ao sindicalismo e, por consequência, a um discurso de esquerda.
Lula não percebeu ainda que ele não precisa cativar a esquerda. Os eleitores afinados com esta tendência ideológica já lhe são cativos. Nenhum esquerdista vai deixar de votar em Lula para votar em Bolsonaro. No máximo, podem votar em Ciro Gomes (PDT), ou nos eternos candidatos da extrema esquerda, configurados através de nomes lançados por legendas como o PSTU, PCO, PCB e similares.
No segundo turno, no entanto, todos convergem para o PT. O que Lula precisa, então, é se aproximar do centro, buscar aliança com os moderados, de modo a ter chances de eleição.
Ao radicalizar seu discurso, como vem fazendo, através de promessas como a da revisão da reforma trabalhista, da intervenção na Petrobrás e da demissão de militares do governo, Lula da Silva se afina ao sindicalismo, se afasta dos partidos moderados, e passa a deixar um segundo mandato do presidente Bolsonaro mais bonito do que um possível mandato do PT.
Convém lembrar que a possível eleição de Lula não está presa ao PT e seus aliados mais próximos. Ela está presa à legendas como o MDB, PSD, União Brasil e PSDB. É ai que estão os votos necessários para o PT reconquistar o poder.
As bases eleitorais destes partidos, no entanto, não compactuam com o extremismo. Se estas bases forem colocadas numa sinuca de bico, num eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista, com seu atual discurso, levará a pior.
Biriba pode ser candidato a deputado estadual
Geraldo Santos Passos, o famoso palhaço Biriba, deverá ser candidato a Assembleia Legislativa pelo MDB, partido no qual se filiou recentemente. Biriba tem forte ligação com nossa região, tendo residido durante vários anos em Balneário Arroio do Silva. Sua primeira filha, Samarina Passos, atualmente com 40 anos, nasceu em Sombrio, durante turnê no teatro Biriba pelo município.
Independentemente do estigma que a profissão lhe traz, Geraldo Passos é um cidadão extremamente consciente da realidade política nacional e estadual. Não deixaria nada a desejar na representação da população catarinense junto à Assembleia.
Almides quer asfaltar Rod. José Isoppo até a SC 108
Prefeito de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), assinou na terça-feira ordem de serviço para a pavimentação de cerca de 6 quilômetros da rodovia municipal que liga o centro da cidade até o Instituto Federal Catarinense, obra esta conveniada com o Governo do Estado, no valor de R$ 7.8 milhões.
Existe um outro trecho desta rodovia, num total de 2,2 quilômetros, que liga o Instituto Federal até a SC 108. A SC 108, por sua vez, liga Jacinto Machado até Praia Grande. Almides já sentenciou que buscará viabilizar os recursos para a pavimentação destes 2,2 quilômetros, de modo a criar um anel viário entre a BR 101 e os canyons de Praia Grande, pelo interior de Santa Rosa do Sul.
De acordo com o prefeito, sua intenção é a de colocar seu município na rota do turismo Sul catarinense. A implantação de pousadas nas proximidades do IFC seria o primeiro reflexo deste novo investimento viário.
Sem Sérgio Moro na disputa, Bolsonaro cresce 4%
Pesquisa do instituto XP/Ipesp divulgada ontem mostra que presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu quatro pontos percentuais após a saída do ex-juiz Sérgio Moro (PSDB) da disputa presidencial. Bolsonaro tinha 26% de acordo com números do instituto, e agora foi para 30%. Lula não saiu dos seus 44%.
Já Ciro Gomes (PDT) subiu de 7% para 9%, e João Dória foi de 2% para 3%. Simone Tebet (MDB) tinha 1% e foi para 2%. Já os votos brancos, nulos ou indecisos pularam de 9% para 12%. O Ipespe ouviu mil eleitores entre os dias 2 e 5 de abril.
A margem de erro do levantamento é de 3,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o código do registro na Justiça Eleitoral é BR-03874/2022.
Paulinha pode ter dado tiro no pé ao ir para o Podemos
Ao migrar para o Podemos, deputada estadual Paulinha da Silva, ex-PDT, e o deputado federal Rodrigo Coelho, ex-PSB, podem ter dado um tiro no pé. É que sem a família Bornhausen no comando, o Podemos catarinense é apenas mais uma, dentre tantas legendas de pequeno porte do Estado.
A aproximação da cúpula nacional do partido com o governador Carlos Moisés da Silva (Rep) acabou fazendo com que os Bornhausen voltassem para o PSD de Raimundo Colombo. O governador, por óbvio, prometeu estrutura política para o Podemos e seus novos filiados.
Há de se ressaltar, no entanto, que Carlos Moisés não está conseguindo sequer aglutinar um grupo robusto de partidos que lhe dê chances reais de reeleição. Imagine, então, resolver questões internas no Podemos, que irá precisar de um caminhão de candidatos viáveis para conseguir legenda suficiente para reeleger Paulinha e Rodrigo.
