Rolando Christian Coelho l 27/09/2022

Voto regional faz toda a diferença

A legislação eleitoral brasileira não contempla o voto distrital, que comumente costumamos chamar de voto regional. Por aqui, se o cidadão morar em Chapecó e se eleger somente com os votos de Criciúma, tudo bem. Se ele nunca mais botar os pés em Criciúma, tudo bem também. A regra é esta.
Há muito as democracias mais consolidadas já se utilizam do voto distrital, como também do voto distrital misto, para garantir a representatividade das distintas regiões de um Estado no parlamento. Basicamente, um Estado é dividido por regiões e cada região tem a garantia de que terá pelo menos um deputado em sua Assembleia Legislativa. O eleito é aquele que, dentre todos os candidatos de uma região, obtiver mais votos. A região também pode ter direito a mais de uma cadeira no parlamento, dependendo de sua concentração demográfica. Grosso modo, é assim que funciona onde o sistema democrático é mais evoluído.
Por aqui, ainda estamos tentando nos livrar das heranças da barbárie, quando o tema são as eleições proporcionais. Vem eleição e vai eleição, e a quantidade de candidatos de outras regiões batendo em nossas portas só aumenta. Gente que vem a Sombrio e tem a cara de pau de perguntar como se chega a Jacinto Machado. Sim, não é brincadeira. Já me perguntaram isto. O pior de tudo é que, abertas as urnas, o cidadão em voga fez um monte de votos em Jacinto. Por sorte não se elegeu, pois, se eleito, a decepção seria maior ainda, já nunca mais voltaria.
Enquanto não vivemos sob a égide do voto distrital, convém votarmos em candidatos da região, sejam eles quais forem, independentemente de quais partidos estejam filiados. Cabe ao eleitor decidir o que mais lhe agrada. Se eleito, melhor. Se não for eleito, o cidadão ou a cidadã em voga fica com prestigio, no mínimo, para intermediar nossas demandas junto a esferas superiores. Na via inversa, quanto mais de longe é o candidato, mais o voto é jogado fora. Pelo menos até hoje foi assim.

Jorginho Mello vem a Araranguá amanhã

Candidato ao Governo do Estado pelo PL, senador Jorginho Mello virá a Araranguá amanhã, onde concederá coletiva à imprensa regional. Seu partido está organizando uma recepção ao candidato, que deverá aproveitar a oportunidade para gravar depoimentos de apoio aos candidatos proporcionais da legenda. A agenda de Jorginho não contemplava sua vinda à nossa região, pois ele tem concentrados seus esforços de campanha, neste primeiro turno, a encontros e reuniões em centros maiores, mas o senador foi convencido pelo coordenador regional da sigla, André Fernandes, e pelo prefeito de Meleiro, Eder Mattos (PL), a assumir este compromisso. A coletiva está prevista para ser realizada no auditório do Center Shopping, às 14h30min. No último domingo, Marilisa Boehm (PL), candidata a vice de Jorginho, esteve em Araranguá, no mesmo local, ocasião em que se reuniu com correligionários.

Santinhos e Moisés e Bolsonaro começam a circular

Começaram a chegar à nossa região santinhos do governador Carlos Moisés da Silva (Rep) em dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Até então, seus santinhos não contavam com nenhum candidato a presidente. A maioria dos candidatos a deputado estadual, federal, e também a senador da coligação do governador, do mesmo modo, não vinham fazendo referência a nenhum candidato a Presidência. Sabe-se lá quem foi o expert em marketing político que havia dado esta orientação inicial, mas o fato é que o cidadão em voga está precisando reavaliar seus métodos. O Republicanos, partido de Carlos Moisés, é aliado de Bolsonaro. O governador, por sua vez, concorre à reeleição em um dos Estados mais bolsonaristas do país. Ainda assim, o presidente Bolsonaro vinha sendo deixado de lado.

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