Rolando Christian Coelho, 23/02/2022
Carlos Moisés diz que roubalheira acabou
Governador Carlos Moisés da Silva, durante ato administrativo ontem, em Criciúma, alfinetou meio mundo da política catarinense. Em sua fala, em linhas geral, Carlos Moisés disse que a revisão dos contratos do governo, feito em sua gestão, significaram “o fim da roubalheira, o fim desvio de dinheiro público na gestão estadual” de Santa Catarina.
Bom, o fato é que Carlos Moisés recebeu o governo das mãos de Eduardo Pinho Moreira (MDB), que governou o Estado durante praticamente todo o ano de 2018, passando o bastão para o atual governador em janeiro de 2019.
Em princípio, os contratos recebidos por Carlos Moisés estavam sob a responsabilidade de Moreira, que, atualmente, é aliado do governador, e indicado seu para uma das diretorias do BRDE.
Há a possibilidade de que o governador estive se referindo a gestão de Raimundo Colombo (PSD), que governou o Estado de 1º de janeiro de 2011 a 16 de fevereiro de 2018, sendo sucedido por Moreira. Ressalte-se que Colombo é do grupo político da família Bornhausen, a quem Carlos Moisés tem recorrido, e muito, para manter sua estabilidade política.
Não se pode descartar a possibilidade de que Carlos Moisés tenha se referido a Leonel Pavan, do PSDB, que antecedeu Colombo, ou ao próprio Luiz Henrique da Silveira (MDB), que antecedeu Pavan. Seja como for, todos são ligados a partidos que dão sustentação política ao governador, que escapou de ser cassado duas vezes, por obra e graça daqueles para os quais ele aponta o dedo agora.
Numa destas vezes, aliás, a cassação quase se deu por conta da roubalheira no caso dos respiradores, em sua gestão. Se o clima político-partidário do governador já não é dos melhores, a tendência é que piore ainda mais, caso sua retórica de campanha esteja voltada para o ataque direto àqueles que lhe dão suporte. A tendência é que estes se afastem, deixando o governador no vácuo.
A bem da verdade, Carlos Moisés tem se fiado muito nos recursos que tem distribuído, Santa Catarina afora, para legitimar seu projeto de reeleição, e vem daí sua principal aposta. A história mostra, no entanto, que entre um rei com muito ouro, e outro com um bom exército, a sentença de morte já está traçada antes do início da batalha.
Diego Pires diz que parceria com Minitto será exitosa
Pré-candidato a deputado federal pelo PDT, ex-presidente da Câmara Municipal de Araranguá, Diego Pires, diz que pretende estender suas bases eleitorais para a região de Criciúma e também região serrana.
De acordo com ele, a parceria com o já deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT), com quem pretende fazer dobradinha, tem sido bastante exitosa, já que o parlamentar tem aberto muitas portas, especialmente no Sul catarinense.
“Temos um projeto bastante interessante e que tem tudo para dar certo. Nosso objetivo é aumentar, e muito, a representatividade de nossa microrregião junto a instâncias maiores”, comenta o vereador.
Rogildo vai avaliar cenário, antes de decidir sobre 2022
Ex-vice-prefeito de Meleiro, Rogildo Bordignon, que é pré-candidato a deputado estadual pelo PSDB, diz que está avaliando o cenário político eleitoral de nossa região, para depois decidir se de fato levará seu projeto adiante.
Os tucanos do Extremo Sul sempre estiveram muito atrelados à região de Criciúma, por conta da influência de lideranças fortes como a deputada federal Geovânia de Sá, o prefeito criciumense Clésio Salvaro e o ex-deputado Dóia Guglielmi, o que acaba dificultando a solidificação de um projeto autoral de nossa região.
Em princípio, o que se percebe dentro do PSDB regional é a vontade de permanecer vinculado ao PSDB de Criciúma, o que pode levar Rogildo a não dar sequencia a seu projeto.
Alex Bristot mantém intenção de disputar Câmara Federal
Economista Alex Bristot, de Santa Rosa do Sul, diz que levará adiante seu projeto de conquistar uma cadeira na Câmara Federal pelo PSB. Num primeiro momento, ele era pré-candidato a estadual, mas ampliou suas pretensões, de modo a tentar fortalecer o projeto de seu partido no Extremo Sul Catarinense.
O PSB continua apostando em um projeto que contemple uma candidatura ao Governo do Estado pelo partido, com o apoio de um rosário de outras legendas de esquerda. Alex faz parte do grupo que defende o nome do ex-deputado federal Jorge Boeira como candidato a governador por seu partido.
Espaço para Carlos Moisés no Republicanos é pequeno
Fala do ex-vereador araranguaense Marco Antônio Mota, o Motinha, dando conta que o Republicanos, seu partido, já conta com 23 pré-candidatos a deputado estadual e outros oito a federal, deixa ainda mais explicitado que governador Carlos Moisés da Silva não irá para a legenda. É que o governador precisa de um partido que abrigue as suas candidaturas proporcionais.
Gente que está com ele no governo e que irá disputar vagas à Assembleia Legislativa, Câmara Federal, e mesmo o Senado da República. No Republicanos estas vagas já estão praticamente preenchidas, e caso o partido integre uma federação, elas serão ainda mais restritas. Motinha é o coordenador do partido na região da Amesc.