Balneário Arroio do Silva e Balneário Gaivota comemoram amanhã suas emancipações. Ambas se deram no dia 29 de dezembro de 1995, depois de anos de luta pela autonomia. Arroio do Silva foi emancipado de Araranguá, e Gaivota de Sombrio.
A eleição para as primeiras gestões municipais aconteceu no ano seguinte, com posse no dia 1º de janeiro de 1997. Desde então, as mudanças promovidas em Arroio do Silva e em Balneário Gaivota foram surpreendentes. Os dois municípios cresceram de forma meteórica, aumentando significativamente a qualidade de vida de suas populações, que triplicaram neste período.
De fato, ainda há muito o que realizar, mesmo porque os então distritos herdaram uma herança de décadas de abandono, figurada na falta de infraestutura, crescimento desordenado e um gigante passivo social. Aos poucos, no entanto, as principais mazelas foram sendo sanadas e, especialmente nos últimos dez anos, os dois municípios começaram a respirar novos ares.
O futuro é muito promissor para ambos. A busca cada vez maior por qualidade de vida tem feito com que milhares de pessoas busquem refúgio em municípios balneários. A proximidade de nossa região como Rio Grande do Sul acaba tornando nossas praias um destino perfeito para famílias gaúchas. Afora este fato, também é cada vez maior a quantidade de moradores de Araranguá e municípios vizinhos que buscam refúgio em Arroio do Silva, e de Sombrio,e circunvizinhança, em relação a Gaivota. Quanto mais este cenário se concretiza, mais a economia dos dois municípios se solidifica.
Especialmente em relação a Balneário Gaivota, não será surpresa alguma se dentro de duas décadas o município já estiver rivalizando com Sombrio em número de habitantes. Gaivota vem encarando um crescimento surpreendente no setor imobiliário, o que sugere esta realidade futura, pois atualmente ele já conta com cerca de 40% da quantidade de moradores de Sombrio, de acordo como IBGE.
Araranguá tem o dobro da população de Sombrio, e, por conta disto, Arroio, que se assemelha em população a Gaivota, na casa de 15% a mais, deverá levar mais tempo para alcançar o município mãe em número de habitantes. O futuro, no entanto, está escrito. Todos os municípios balneários de Santa Catarina têm trilhado o mesmo caminho. O importante é chegar lá com planejamento e infraestrutura, o que fará toda a diferença para a capitação de investimentos públicos, e especialmente privados, ao longo das próximas décadas.
Jorginho será técnico e político ao mesmo tempo
Governador eleito Jorginho Mello (PL) já deu o toque de caixa de sua gestão: vai governar de forma técnica, mas de olho na política. As experiências passadas sugerem este caminho. A Onda Bolsonaro, que levou Carlos Moisés da Silva (Rep) ao governo catarinense, em 2018, foi uma resposta da população às gestões meramente políticas. Por sua vez, o próprio Carlos Moisés foi desalojado do poder neste ano porque primou meramente pelas questões técnicas. Por conta disto, parece bem claro que a população quer técnicos, mas com tarimba política. Quer obras, realizações e eficiência, mas também quer o famoso tapinha nas costas. Jorginho será este governador.
Bolsonaro “vai dar um tempo” para voltar em 2024 com tudo
Presidente Jair Bolsonaro (PL) planeja “sumir do mapa” por três meses. Ele tem dedicado esta semana a se despedir dos mais próximos, que atuaram com ele ao longo dos últimos quatro anos em Brasília, e, depois disto, vai dar um tempo. Político experiente, Bolsonaro sabe que não adianta bater de frente com o futuro presidente Lula da Silva (PT) neste momento. Lula tem um ano de combustível para gastar. O desgaste começará somente no segundo ano de governo, e é aí que Bolsonaro retornará, buscando eleger prefeitos aliados em 2024, que o apoiarão em 2026. A história do mundo político é uma só. Bolsonaro, que gosta muito de ler, sabe disto.