Presidente Lula da Silva (PT) está mais diplomático do que embaixador do Itamaraty. Por enquanto, seu governo não mostrou a que veio, e é provável que não mostre até o final do ano.
O motivo é um só: o Brasil está sem dinheiro. Isto é nitidamente sentido pelas prefeituras de todo o país, que estão vendo seus cofres na pindaíba, notadamente pela falta de recursos.
Na maioria dos casos, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é um recurso destinado pelo Governo Federal para as prefeituras municipais, está igual ou inferior aos dois anos passados.
Para acentuar ainda mais a mazela, os recursos oriundos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é destinado pelos governos estaduais para os executivos municipais, também estão estagnados se comparados aos recentes anos anteriores.
Não obstante a isto, o custeio da máquina pública aumentou, e paralelo a isto há ainda os índices inflacionários.
Isto não é culpa de Lula, e sim da pandemia de Covid-19 que engessou a economia mundial por mais de dois anos, com os reflexos disto sendo colhidos agora.
Diante desta dura realidade, o governo Lula não está podendo fazer nada além do trivial.
Por enquanto não pode, por exemplo, bancar um grande programa voltado a casa própria, ou tampouco desonerar os produtos da linha branca.
O que se dirá de liberar financiamentos a torto e a direito para a compra de veículos, uma das marcas registradas dos governos petistas.
A soma de fatores tem feito com que esta terceira gestão de Lula esteja sendo apática, com o presidente vivendo de acenos e promessas.
De fato, seu governo não será marcado totalmente pela inércia. É muito provável que a partir de meados do ano que vem a economia mundial volte a reagir, fazendo com que o Brasil respire um pouco mais aliviado.
Isto poderá fazer com que o PT possa sonhar com o projeto de reeleição de Lula em 2026.
Todavia, pouco poderá ser feito para que o PT se sai bem nas urnas diante das eleições municipais do ano que vem.
Para isto, o governo Lula teria que investir maciçamente nos municípios ainda a partir de 2023, mas não há mais tempo para isto.
Finais
Ex-deputado federal Leodegar Tiscoski assumiu interinamente o comando do Progressistas catarinense. O partido vinha sendo timonado pelo senador Esperidião Amin, que é o vice-presidente da legenda em nível estadual.
O presidente Silvio Dreveck está licenciado, por conta de ter assumido a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços.
Em princípio, a comissão provisória encabeçada por Leodegar deverá convocar eleição do diretório e executiva do partido para o próximo mês de novembro.
De forma concomitante, a legenda também pretende lançar uma campanha de filiações em nível estadual, esperando contar, para isto, com os esforços dos prefeitos, vice e vereadores do partido.
Tudo focado no fortalecimento do Progressistas para as eleições municipais de 2024.
Ao contrário do que almeja o Progressistas, Secretário do MDB de Morro Grande, José Arcangelo Souza, o Kanjo, diz que seu partido vai brigar para lançar candidato a prefeito no município ano que vem.
O nome já estaria até mesmo carimbado: trata-se do atual vice-prefeito Juraci Favarin, o Tatim. De acordo com Kanjo, a intenção emedebista vai além.
A legenda pretende encabeçar a majoritária tendo um terceiro partido como seu vice, mantendo a expectativa de que o Progressistas, do prefeito Clélio Daniel Olivo, o Kéio, apoiaria a dobradinha, lançando apenas candidatos a vereador.
Conforme o secretário emedebista, este acerto já estaria acordado desde 2020, quando o MDB aceitou em compor como vice de Kéio Olivo.
Como é natural, muitos militantes progressistas querem que Kéio concorra a reeleição.