Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, já decidiu que irá sair do PSDB. A falta de perspectivas na legenda, oriunda do esfacelamento dos tucanos ao longo dos últimos ano em nível nacional e estadual é o principal motivo. Tão logo começou a ventilar sua decisão, Salvaro passou a receber uma série de propostas de filiação em outras legendas, com as conversações de bastidores se afunilando para o PSD e o Progressista. De um lado, o deputado estadual Júlio Garcia tentando convencê-lo a migrar para o PSD, do outro lado, o deputado estadual José Milton Scheffer, com o mesmo objetivo, em relação ao Progressistas.
Os dois partidos têm suas vantagens e desvantagens. O PSD está mais capilarizado no Estado e não perdeu um contingente grande de militantes para o bolsonarismo, como perdeu o Progressistas. No entanto, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, é o nome preferencial da legenda para uma disputa majoritária em 2026. Sendo assim, se o sonho de Salvaro é ser candidato a governador, vice, ou senador, ele terá, primeiro, que esperar João Rodrigues decidir o que quer fazer da vida. Por sua vez, o Progressista ficou sem pai, nem mãe, depois da derrocada da família Amin no pleito estadual passado. O partido busca ressurgir das cinzas e nada melhor do que um nome novo dentro da legenda para isto. Todavia, em Santa Catarina, a sigla acabou restringindo praticamente toda sua força no Sul e na região serrana do Estado. Carecendo de capilaridade, a legenda de Zé Milton é menos interessante para um projeto estadualizado, como almeja Salvaro.
Fontes ligadas a Clésio Salvaro ressaltam que ele está mais propenso a se filiar ao PSD do que ao Progressistas. A questão que envolve João Rodrigues está sendo deixada para ser discutida em um segundo momento. O projeto passaria por fortalecer a legenda no Sul do Estado, buscando para dentro do partido principalmente aqueles simpatizantes do antigo PFL. Somente depois deste fortalecimento é que Salvaro decidiria qual seu projeto político para à eleição estadual.
Finais
Prefeito de Meleiro, Eder Mattos (PL), tem sido assediado por lideranças políticas de Araranguá para transferir seu título eleitoral para o município, com vistas a eleição municipal do ano que vem. Para isto, ele teria que renunciar à Prefeitura de Meleiro até o final de abril do ano que vem. Eder já teve domicílio eleitoral em Araranguá, chegando a ser candidato a deputado estadual no pleito eleitoral de 2014. Atualmente, ele divide sua vida pessoal entre Meleiro e Araranguá, municípios em que possui residência e negócios. Questionado sobre o tema, o prefeito diz que “é um assunto para se pensar”. A proposta para que Eder transfira seu título eleitoral para a Cidade das Avenidas passa por uma candidatura sua ao executivo municipal.
Governador Jorginho Mello (PL) tem chamado aliados para uma conversa de pé de ouvido em Florianópolis. Basicamente, tem dito que a situação financeira do governo estadual não é das melhores, e que precisa decidir entre pagar os convênios deixados pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep), ou fazer seu próprio governo. Tem ressaltado que se pagar todos os convênios conforme programação deixada por Carlos Moisés, a situação financeira do governo ficará muito complicada. Isto justificaria o fato de os aludidos recursos estarem contingenciados. Mesmo aos aliados de primeira linha, Jorginho tem dito que 2023 será um ano de vacas magras. Em outras palavras, esperança é que em 2024 a situação melhore.
