Rolando Christian Coelho | 24/07/2023 | MDB e PP devem ceder espaço à menores

Partidos tradicionais, como o MDB e o Progressistas, têm cedido cada vez mais espaços para legendas de menor calão, de modo a se manterem vivos nos cenários políticos locais. Aqui em nossa região, já foi assim em vários casos em 2020, e não deverá ser diferente em 2024.
Em Ermo, por exemplo, o MDB e o Progressistas deverão costurar um acerto para apoiar o projeto de reeleição do prefeito Paulo Della Vechia, agora filiado ao PL. Em princípio, os dois maiores partidos da região devem ficar de fora da cabeça de chapa majoritária, neste caso pontual. Em São João do Sul algo parecido é cogitado. Atualmente o Progressistas é vice do MDB, mas já descarta a possibilidade de reeditar a dobradinha. Todavia, o partido pode ser vice do PDT, caso do ex-prefeito Alex Bianchin, que é filiado ao ninho brizolista, dispute novamente a eleição.
Há vários outros casos similares a estes, a exemplo do Progressistas de Araranguá, que cogita a possibilidade de ser vice do PL, ou ainda o MDB de Santa Rosa do Sul, que deve continuar como vice do PSDB do prefeito Almides da Rosa.
Em princípio, os líderes regionais de MDB e Progressistas estimam que seus partidos devam ter entre dez e 12 candidatos a prefeito aqui no Extremo Sul, mas os números deverão ficar bem longe disto. A explicação é bem simples: as bases políticas da sociedade estão extremamente fracionadas e vários líderes de expressão têm migrado para partidos menores. Afora isto, há de se observar que o PL e o PT deverão ir para o tudo ou nada em 2024, lançando a maior quantidade possível de candidatos a prefeitos. A exemplo de Ermo, onde o PL deve receber o apoio dos grandes, em Jacinto Machado é o PT quem pode receber o apoio do Progressistas, caso o ex-prefeito Antônio de Fáveri (PT) volte a disputar o executivo municipal. Estes casos deverão ser múltiplos aqui no Extremo Sul ano que vem. Na prática, o que se vê, são os grandes se nivelando pela média para tentar se manter no poder.

Finais

Duas semanas depois de renunciarem à Prefeitura de Tubarão, Joares Ponticelli (PP) e seu vice, Caio Tokarski (União), foram surpreendidos com decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que reintegrou o prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), em seu cargo. Todos estão arrolados na Operação Mensageiro, que investiga um possível esquema de corrupção envolvendo a coleta e destinação de lixo de 17 municípios do Estado. Em princípio, não se sabe se Ponticelli e Caio também seriam reintegrados a seus postos, mas não haveria motivos para que a 5ª Câmara criasse uma exceção exclusivamente para Antônio Ceron. Enquanto isto, Tubarão espera pela eleição de seu novo prefeito, a ser escolhido de forma indireta, em agosto, pela Câmara Municipal de Vereadores. Qualquer eleitor tubaronense com mais de 21 anos pode postular o cargo. Provavelmente um dos 15 vereadores do município será o eleito.

 

Deputado estadual Mário Mota (PSD), que por três décadas apresentou o Jornal do Almoço, em princípio pela RBS TV e depois pela NSC TV, cumprirá roteiro no Sul do Estado durante esta semana. Especificamente aqui no Extremo Sul, estão agendadas visitas à Araranguá, Sombrio, Praia Grande e São João do Sul, mas é possível que o roteiro seja ampliado em nossa região. O parlamentar está percorrendo todas das regiões do Estado durante o recesso parlamentar, ocasião em que discute dois projetos: o Programa Educação Nota 10, e o Edital de Emendas Participativas. O primeiro se destina a fiscalizar o sistema educacional catarinense, e o segundo visa oportunizar a órgãos e instituições públicas estaduais, municípios e instituições sem fins lucrativos acesso a emendas impositivas de seu gabinete. Nesta segunda-feira o parlamentar concede entrevista à Rádio 93FM, às 14h, para falar de seus projetos.

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