Governo do Estado começou ontem a revitalização da rodovia José Tiscoski, no trecho compreendido entre Sombrio e Jacinto Machado. O início da obra foi acompanhado pela prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), e pelo deputado estadual José Milton Scheffer (PP). Foram, literalmente, anos de espera para que esta conquista pudesse acontecer. Na semana passada o governador Jorginho Mello (PL) havia anunciado na Fiesc, a Federação das Indústrias de Santa Catarina, uma grande operação estadual justamente para enfrentar o que ele classificou de “buraqueira generalizada nas rodovias do Estado”. Na visão do governador, a manutenção das boas condições das rodovias estaduais é fundamental tanto para a população de um modo geral, quanto para a economia do Estado, que precisa de trafegabilidade para crescer.
A revitalização da José Tiscoski não tem prazo determinado para ser concluída, como também não há um custo financeiro final determinado. Tudo está preso ao que for sendo realizado. São dezenas de “remendos” que precisarão ser feitos ao longo de todo o trecho e cada um deles carece de um tratamento diferenciado. Em alguns, será preciso abrir a rodovia numa maior escala, tanto lateralmente, quanto em profundidade, já em outros isto não será tão necessário. Como isto, cada intervenção de engenharia terá um custo diferenciado em relação a outro. Todo o trabalho tem sido acompanhado por engenheiros do Estado, responsáveis pelas planilhas financeiras.
Em que pese a boa vontade da atual gestão, o fato é que a revitalização da José Tiscoski não põe fim ao seu infortúnio. A rodovia precisa ser recapeada, passando por uma reforma completa, e não apenas por mais uma operação tapa-buracos. É compreensível que o governador Jorginho Mello não tenha tido tempo, ainda, de se inteirar sobre todos os dilemas das rodovias estaduais, afinal de contas ele está há apenas seis meses frente ao comando do governo. Todavia, isto precisa ser colocado em seus planos de forma urgente. É preciso ir mais longe também, tratando da revitalização no trecho entre Sombrio e Balneário Gaivota. Vale lembrar que em Gaivota a rodovia foi municipalizada, e para este trecho é necessário um convênio com a prefeitura municipal.
Finais
Santa Catarina está passando por uma situação constrangedora no Senado Federal, por conta da senadora Ivete Appel da Silveira (MDB), viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB). O fato é que ela quase não tem comparecido nas sessões do Senado, como também não tem participado das reuniões das comissões de que faz parte, já há um bom tempo. A senadora justifica as ausências com licenças médicas, apelando também para as ausências justificadas, expediente utilizado com frequência quando um senador está em um outro compromisso que necessite de sua presença fora do Congresso Nacional. O problema é que o “sumiço” da senadora parece exagerado. Ela, por exemplo, é integrante da Comissão de Direitos Humanos do Senado. Neste ano esta Comissão já realizou 17 reuniões, todavia, Ivete não participou de nenhuma delas.
Governador Jorginho Mello (PL) não deverá liberar muito mais dinheiro para as prefeituras do que liberou na última sexta-feira, aqui no Extremo Sul. Por onde tem passado, a média de liberação de recursos tem ficado na casa dos R$ 3 milhões para conclusão de obras que estão em andamento por todo o Estado. Algumas prefeituras maiores chegaram a ter a garantia de R$ 4 milhões. Outras, bem mais, através de programas específicos. O problema é que Santa Catarina tem quase 300 municípios, e a soma dos compromissos que veem sendo assumidos por Jorginho Mello deve chegar à casa de R$ 1 bilhão. Tudo, dinheiro prometido pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep). Este R$ 1 bilhão seria o limite que o atual governo teria para investir nas prefeituras nos próximos meses, segundo fontes ligadas ao governador.