Corrida eleitoral no segundo turno entrará na sua reta final a partir de segunda-feira. A disputa nacional ainda é uma incógnita. Em princípio, o favoritismo é do ex-presidente Lula da Silva (PT), que terminou na liderança na primeira etapa da eleição, com mais de 6 milhões de votos à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Como os bolsonaristas sabem disto, o esforço para derrotar Lula parece ter redobrado desde o último dia 3 de Outubro.
A equipe de Bolsonaro sabe que não adianta perder tempo na tentativa de reverter os votos de Lula diretamente. Trata-se de uma disputa muito antagônica, sem meio termo. A aposta do presidente, então, está nos indecisos, e na tentativa de cooptar aqueles eleitores que votaram em branco, anularam o voto, ou sequer foram votar. Pesquisas de consumo interno apontam que a maioria daqueles que não votaram, caso tivessem votado, votariam em Bolsonaro. E não foi pouca gente. Quase 30 milhões de brasileiros optaram por não votar no primeiro turno. Este contingente está dividido entre eleitores com menos de 18 ou mais de 70 anos, eleitores que votaram em trânsito, eleitores acamados, e tantos outros milhões que simplesmente optaram por ficar em casa vendo o circo pegar fogo. Em princípio, quanto melhor for a abstenção no segundo turno, maior será a proporção de votos obtidos por Jair Bolsonaro. Esta lógica só não vale para o Nordeste do país, onde Lula da Silva reina quase absoluto. Lá, quanto maior a abstenção, melhor para Bolsonaro.
A última pesquisa nacional, divulgada ontem, aponta Lula com 52% dos votos válidos e Bolsonaro com 48%. A pesquisa foi realizada pelo instituto Ideia com recursos próprios por meio de ligações telefônicas. Foram 1.500 entrevistas entre os dias 14 e 19 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00053/2022. No que diz respeito aos votos totais, Lula tem 50%, Bolsonaro 46%, brancos e nulo 2% e não sabem ainda em quem votar 2%.
Dentro da margem de erro, a disputa está empatada entre os dois candidatos.
Amin quer que institutos de pesquisa tenham ranking
Senador Esperidião Amin (PP) começou a discutir em Brasília uma ideia interessante. Ele quer que seja instituído, legalmente, um ranking para institutos de pesquisa, com base em seus acertos nas eleições. O instituto cujos números ficasse dentro da margem de erro, por exemplo, ganharia a classificação “A”. Aquele cujos números de afastassem um pouco da margem de erro nos resultados finais das eleições ganharia a classificação “B”, e assim por diante. Quanto maior o erro do instituto, mais ele se afastaria da classificação “A”. Em eleições posteriores, isto serviria para que o eleitor tivesse noção de qual instituto de pesquisa de fato mereceria confiança, e qual não mereceria.
TRE/SC não acata recurso e Minotto será diplomado deputado
Tribunal Regional Eleitoral/SC indeferiu solicitação do PSB, Progressistas e Patriotas, que haviam solicitado redistribuição das vagas conquistadas para Assembleia Legislativa e Câmara Federal, nas eleições deste ano no Estado. De acordo com o TRE não houve qualquer equívoco no preenchimento das vagas dos eleitos. Por conta da nova legislação, uma série de dúvidas e suposições se espraiaram tão logo se encerrou o primeiro turno. Uma destas suposições dava conta que a vaga conquista pelo deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) deveria, na verdade, der sido dada a Bruno Souza (PSB), que não se elegeu. De acordo com o TRE, não há nada de errado com o anúncio dos eleitos feito em 2 de Outubro.