Ordem do comando do MDB catarinense é bem clara: partido precisa se posicionar como uma alternativa ao PT e ao bolsonarismo. Bastante próximo de integrar uma federação partidária com o PSDB, Cidadania e Podemos, o MDB vê o caminho do meio como a melhor alternativa para a legenda, diante do pleito eleitoral de 2024 e também de 2026.
De fato, não parece haver muitas alternativas especialmente para legendas como o MDB e PSDB que não seja se posicionar ao centro do debate político, puxando para si o estigma do viés social-democrata. Se a esquerda está de um lado e a direita está de outro, por óbvio que o mercado eleitoral carece ao menos de uma alternativa plausível, e, neste sentido, o MDB catarinense tem histórico suficiente para se credenciar a este posto.
A grande questão é saber quem será o responsável por imprimir esta marca ao MDB. É que o partido é uma verdadeira colcha de retalhos ideológica, abrigando desde políticos com franca tendência de esquerda, como a ex-deputada estadual Ada de Luca, até políticos com franca tendência bolsonarista, como o deputado estadual Antídio Lunelli. De fato, há muitos centristas, mas eles não conseguem se impor, justamente por conta do eteno cabo de guerra que vive o partido desde de sempre. Mesmo quando estive unido, conquistando o Governo do Estado por conta disto, o MDB estava desunido internamente.
Em princípio, o presidente estadual da legenda, Carlos Chiodini, quer puxar para si a responsabilidade de imprimir esta marca ao MDB: de um partido de centro, observador, atendo, mas não integrante de grupos políticos de direita ou de esquerda. O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro de Nadal, segue este perfil, e pode ajudar a agregar forças para que o MDB tenha este direcionamento. Tratam-se de dois nomes novos dentro do comando do partido, que, se tiverem espaço, podem moldar uma nova realidade à legenda.
A grande questão é saber se o MDB permitirá que eles façam isto. Se dará espaço para que eles trabalhem. Se o espaço for dado, o partido pode ressurgir com força total, do contrário, permanecerá no mesmo dilema, chorando suas derrotas e colocando a culpa nos outros.
Finais
Questionado sobre qual o principal desafio do MDB em Araranguá, presidente recém empossado da legenda, Emerson Almeida, foi direto ao ponto: “Convencer o prefeito César Cesa (MDB) a disputar a reeleição”. Por ora, César tem dito que foi eleito prefeito para apenas um mandato e que não tem pretensões eleitorais ano que vem. O MDB, no entanto, diz que não tem plano “b”. Ou é César, ou é César. Nos bastidores da política araranguaense o que se comenta é que “César Cesa já esteve mais longe de aceitar ser candidato novamente”. Investimentos milionários em diversos setores da municipalidade fazem o MDB crer que o prefeito não abriria mão de um projeto de reeleição, já que este estaria muito bem encaminhado.
A partir de agora, 29 de dezembro será um dia dedicado ao esporte em Balneário Gaivota. Proposta do vereador Anderson Joaquim dos Santos, o Nando (PSD), acabou se transformando em lei depois da última sessão ordinária da Câmara de Vereadores. A data não se dá ao acaso. É que em 29 de dezembro se comemora a emancipação político-administrativa de Balneário Gaivota. A intenção é fazer com que durante todo este dia sejam realizadas competições esportivas de diversas modalidades, como também seminários e outras atividades relacionadas ao esporte. Bem que a moda poderia pegar, com todos os demais municípios da região realizando no dia de sua emancipação alguma atividade que envolvesse toda a comunidade.