Em que pese o fato da Procuradoria da República Eleitoral de Santa Catarina ter se posicionado pela improcedência da ação que almeja a cassação do senador Jorge Seif (PL), por abuso de poder econômico na eleição do ano passado, o PSD, que propôs o processo, está convicto de que ele perderá o mandato. Caso isto de fato aconteça, será necessário que haja uma nova eleição para a escolha de um novo senador catarinense.
Diante desta possível realidade, o cenário se vislumbra extremamente complexo, por conta da quantidade de nomes disponíveis para o certamente eleitoral, já que esta eleição seria totalmente isolada. O PL de Jorge Seif, por óbvio, irá querer manter a vaga hipoteticamente perdida, e só aí a lista de candidatos já é enorme, a começar pela deputada federal Carolina De Toni, pelo deputado federal Daniel Freitas e por Felipe Mello, filho do governador Jorginho Mello (PL), todos com pretensões passadas em relação ao cargo.
De forma natural, o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), que ficou na segunda colocação na disputa pela Senado ano passado, é nome natural de seu partido para uma possível eleição suplementar. A exemplo dele, que também não engoliu o resultado das urnas ano passado, o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep) é outro nome que poderia se aventurar a esta disputa. MDB e PT não ficariam de fora, buscando emplacar candidatos que pudessem representar o partido.
Em princípio, a disputa soa vitoriosa ao PL, independentemente de quem vier a ser o candidato, seja pelo resultado eleitoral já obtido em 2022, seja pelo sentimento bolsonarista ainda presente em meio ao eleitorado catarinense. A grande questão é saber quem seria o candidato do partido, diante de tantas opções.
Vale lembrar também que é possível que haja uma tentativa de recomposição da tríplice aliança em torno de Raimundo Colombo, justamente para tentar fazer frente ao candidato apontado pelo PL. Este cenário, no entanto, não seria nada bom para a governabilidade de Jorginho Mello.
Finais
Candidatíssima à Prefeitura de São José, na Grande Florianópolis, ex-prefeita Adeliana Dal Pont, que é de Timbé do Sul, e atualmente está sem partido, deverá enfrentar pela frente duas pedreiras. A primeira é a própria candidatura do prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), que disputará a reeleição. A segunda é a pretensão do ex-senador Dário Berger (PSB), que já comandou São José em duas ocasiões, de também disputar o executivo. Em princípio, sem Dário Berger no páreo, Adeliana é considerada favorita para a disputa. No entanto, caso Berger decida disputar o executivo do município, ela perde a primazia do favoritismo. Em meio a história, Dário Berger está mantendo conversações com o MDB e pode retornar ao partido, por onde disputaria a prefeitura sãojosefense.
Ex-presidente do MDB de Balneário Gaivota, Joaci Silva de Oliveira, diz que declaração da atual cúpula do partido, dando conta que a legenda terá candidato a prefeito no município ano que vem não é consenso. Conforme Joaci, “a tendência natural é que a grande maioria do partido apoie o projeto de reeleição do prefeito Kekinha dos Santos (PSDB)”. Conforme o ex-presidente, “caso haja uma convenção para definir o futuro do MDB de Balneário Gaivota, a tese de apoio a uma nova candidatura de Kekinha sairia vitoriosa por ampla maioria”. Não é de hoje que o MDB gaivotense se mostra rachado em suas internas. Na eleição de 2020 o partido concorreu oficialmente como vice do Progressistas, mas a grande massa da legenda votou em Kekinha.