Anúncio do deputado estadual Ivan Naatz (PL), dando conta que o deputado José Milton Scheffer (PP) já teria contabilizado 23 votos para levar adiante seu projeto de presidir a Assembleia Legislativa, pode ter sido um tiro no pé. A afirmação de Naatz fez com que os deputados Mauro de Nadal (MDB) e Júlio Garcia (PSD) mexessem os pauzinhos, de modo a criar situações desfavoráveis a esta pretensão. De cara, articularam a formação de blocos partidários, compostos por MDB e PSDB, como também por PSD, União Brasil e PTB, e ainda por PT, PDT e Psol. Cada um destes blocos acaba ficando na obrigação moral de votar em conjunto, pois isto lhes garante maior espaço nas comissões da Assembleia Legislativa, e também na Mesa Diretora da Casa. Vale lembrar que já existia um bloco formado entre Republicanos, Novo e Podemos, com este fim.
Teoricamente, a questão agora não passa mais por negociar com os deputados de forma individual, de modo a conseguir a maioria dos 40 votos dos parlamentares para chegar à presidência. O negócio agora é negociar com os blocos, cujo número de deputados que os integram somam 26 votos. Na prática, isto significa que se estes quatro blocos se mantiverem unidos, eles terão 26 votos, cinco a mais que o suficiente para eleger o presidente da Mesa Diretora. Os outros 14 votos seriam a soma dos 11 deputados do PL com os três do Progressistas, que, em princípio, estariam totalmente fechados com Zé Milton.
Nada impede que um ou mais blocos migrem para o projeto de Zé Milton. Em princípio, dois blocos não migrariam: o comandado pelo MDB de Mauro de Nadal, pois ele também quer ser presidente da Assembleia, e o comandado pelo PSD de Júlio Garcia, que também tem suas pretensões. Estes dois blocos somam 15 votos. O problema de Zé Milton é que o bloco comandado pelo PT, que tem seis votos, dificilmente irá querer se aliar a um grupo que é liderado pelo PL, do presidente Jair Bolsonaro e do governador Jorginho Mello. A soma dos blocos comandados pelo MDB, pelo PSD e pelo PT chega a 21 votos, o que é suficiente para garantir a eleição da presidência.
Todavia, nada está definido. O jogo está totalmente aberto, mas recomenda-se que Jorginho Mello leve o MDB para seu governo, de modo a ter paz legislativa.
Jorginho será diplomado na segunda-feira
Diplomação do governador eleito Jorginho Mello (PL), e de sua vice, Marilisa Boehm (PL), acontecerá na próxima segunda-feira, 19, no plenário do Tribunal de Justiça do Estado, em Florianópolis. Por conta da data já previamente marcada, o Tribunal Regional Eleitoral agilizou a análise das contas da campanha de Jorginho, dando veredito pela aprovação. No contexto da posse do futuro governador, o atual, Carlos Moisés da Silva (Rep), anunciou que desocupará a Casa da Agronômica, residência oficial dos governadores catarinenses, logo após o Natal. A gentiliza fará com que a família de Jorginho possa começar a providenciar sua mudança para o local alguns dias antes de sua posse, que acontece no dia 1º de janeiro.
Presidente da Assembleia será homenageado hoje em Gaivota
Presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa (MDB), irá receber hoje, na Câmara Municipal de Vereadores, o título de Cidadão Honorário de Balneário Gaivota. A sessão solene está programada para começar as 18h30min. O autor do Projeto de Decreto Legislativo que concederá a honraria é o presidente do legislativo municipal Fernando Gonçalves Batista, o Fernando do Tide (PSB). De acordo com ele, Sopelsa tem dedicado atenção especial ao município, intermediando importantes recursos para a realização de obra e ações que beneficiam a população gaivotanse, o que justifica a deferência. Sopelsa está cumprindo o último de seus seis mandatos como deputado estadual. A partir de fevereiro, diz que, na política, apenas se dedicará a ajudar os amigos.