Rolando Christian Coelho | 14/07/2023 | “Nós derrotamos o bolsonarismo”, diz Barroso

Não repercutiu nada bem a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, durante o encontro da União Nacional dos Estudantes, ocorrido na quarta-feira, em Brasília. Empolgado, Barroso claramente manifestou sua preferência política no evento: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, comentou.
Em novembro do ano passado, depois da derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente Lula da Silva (PT), no segundo turno da eleição presidencial, Barroso participou de um evento nos Estados Unidos. Um manifestante bolsonarista fez uma série de questionamentos ao ministro, ligados ao sistema de urnas eletrônicas. Barroso, no entanto, respondeu com um simples: “Perdeu mané. Não amola”.
As duas situações, e talvez tantas outras não trazidas a público, são um sinal de alerta para a verdadeira democracia, pois em princípio configuram ativismo político do judiciário, algo extremamente grave em um sistema republicano como o nosso. A bem da verdade, ao usar a toga da Suprema Corte do judiciário nacional, um ministro não pode se dar o direito de ter preferencia partidária ou ideológica. Na falta de um quarto poder, como o defendido por Charles de Montesquiel, cabe justamente ao judiciário o papel de poder moderador, de modo a equilibrar as polaridades da democracia.
Vale lembrar que não existe nenhuma diferença entre um governo petista bancado pela corrupção da Lava Jato, um bolsonarismo radical e um judiciário ativista. Todos trazem prejuízo ao equilíbrio democrático e possuem a mesma nocividade ao país.

Finais

Deputado federal Ricardo Guidi (PSD) solicitou ao governador Jorginho Mello (PL) que sua posse como Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde seja realizada no dia 7 de agosto, e não no dia 1º, como estava programado. Em princípio, o parlamentar quer mais tempo para se inteirar das atribuições da pasta, e ter uma conversa de pé de ouvido com Darci de Matos (PSD), que o sucederá na Câmara Federal. Um dos compromissos de Darci é continuar dando suporte aos municípios onde Ricardo possui base eleitoral. Paralelo a isto, caminha a passos largos o projeto de Ricardo Guidi de ser candidato a prefeito de Criciúma ano que vem com o apoio dos bolsonaristas, capitaneados pelo governador, pela deputada Júlia Zanatta (PL) e pelo deputado Daniel Freitas (PL). Por esta o prefeito Clésio Salvaro (PSD) não esperava.

Deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) se reuniu ontem com os prefeitos de Balneário Gaivota, Kekinha dos Santos (PSDB), e de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB). Veio anunciar emendas parlamentares para os dois municípios e reafirmar parcerias. Kekinha e Almides estão na mira do PL de Jorginho Mello, que os quer nos quadros do partido. Por óbvio que é uma situação que contradiz a vontade de Geovânia, que precisa de líderes fortes nos municípios para manter seus projetos políticos. A parlamentar, no entanto, não pode bater de frente com Jorginho Mello, pois ela só está na Câmara dos Deputados porque o governador nomeou a deputada Carmem Zanotto (Cidadania) como Secretária de Estado da Saúde. Como dizia o ex-deputado Manoel Mota, “suplente não grita, suplente só geme”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.