Os números não são muito claros, mas estima-se que o ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep) tenha deixado destinado para os municípios da região da Amesc cerca de R$ 500 milhões, que, por ora, permanecem contingenciados pela gestão do governador Jorginho Mello (PL). Dentro deste montante estão obras como a pavimentação da Serra do Faxinal, em Praia Grande, a pavimentação da SC-108, entre Jacinto Machado e Praia Grande, e a pavimentação da Caminhos do Mar, em Balneário Gaivota, que, juntas, somam quase R$ 200 milhões em investimentos. Somente para o município de Araranguá o volume de obras conveniadas está na casa de outros R$ 100 milhões. Há ainda vários outros convênios assinados com praticamente todas as prefeituras da região, com múltiplos valores. Ermo, por exemplo, que é o menor município da Amesc, tem quase R$ 4 milhões em convênios.
As prefeituras, por óbvio, não podem esperar. Boa parte das obras conveniadas ano passado já começaram a ser executadas e a grande maioria está parada. O motivo é um só: falta de dinheiro. A promessa de liberação dos recursos por parte do atual governo já foi feita, mas a burocracia imposta para que ela se concretize tem assustado os executivos municipais. De repente, o que era muito fácil, à época do governo de Carlos Moisés, acabou ficando muito difícil, no atual governo Jorginho.
Em alguns casos, mesmo com os convênios do ano passado já assinados, estão sendo solicitados novos convênios, partindo-se do zero. Uma das dúvidas dos prefeitos é saber se estes novos convênios seriam mesmo levados adiante; e qual a necessidade de se assinar um novo convênio, se já existe um assinado!
Em meio a isto tudo, o que se sabe é que Jorginho Mello já acenou com a liberação dos recursos, mas, por enquanto, só o aceno mesmo. Nunca é demais lembrar que ano que vem teremos eleições municipais, o que só faz aumentar a pressão dos prefeitos para que os recursos dos convênios sejam liberados o mais rápido possível.
Finais
Ações criminas em escolas de Santa Catarina, Goiás e Amazonas tem colocado a segurança pública de todo o país em xeque. Hora mais que oportuna para que as autoridades competentes invistam definitivamente em tecnologia e serviços de informação para monitorar grupos que ofereçam riscos à sociedade. Em nosso vizinho município de Maquiné (RS), por exemplo, um adolescente de 14 anos mantinha em casa farto material ligado ao nazismo, fato este incentivado pelos pais. Situações como está são a ponta do iceberg de algo muito ruim por vir. Identificar este tipo de fato, dentre centenas de outros, é o que pode evitar uma chacina como a que aconteceu em Blumenau.
Prefeito de Passo de Torres, Valmir Rodrigues (PP), começou a trabalhar pela reconstrução da ponte pênsil de seu município, que rompeu durante o domingo de Carnaval, causando a morte de um jovem de 20 anos. Juntamente ao deputado estadual José Milton Scheffer (PP), o prefeito irá postular ao governador Jorginho Mello (PL) para apresentar o projeto, assim como os valores que precisarão ser disponibilizados para a obra. Como é a segunda vez que a ponte pênsil de Passo de Torres veio a baixo, não faltam os que defendam uma obra mais complexa em seu lugar, a exemplo de uma ponte de concreto para a passagem de transudes.