Tribunal Superior Eleitoral deverá começar o julgamento que poderá tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível no próximo dia 22. A principal acusação dá conta que Bolsonaro teria promovido reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, no ano passado, para fazer acusações sobre sistema eleitoral brasileiro. Em tese, esta iniciativa configuraria abuso de poder político. Quem está propondo a ação é o PDT, partido que é aliado do presidente Lula da Silva (PT).
Como se sabe, julgamentos como este, presos a retóricas, podem ter qualquer desfecho, mas um fato preocupa da tropa de choque bolsonarista. É que o atual presidente do TSE é o ministro Alexandre de Moraes, com quem o ex-presidente nunca teve boas relações. Ainda que a sentença não dependa exclusivamente dele, será Moraes quem conduzirá os trabalhos do julgamento.
Diante do julgamento, que já era eminente, Jair Bolsonaro tem tentado dissimular. Chegou a ventilar a possibilidade de concorrer ao Senado Federal em 2026, realizando, assim, um antigo sonho. Seria o indicativo de que não concorreria mais a Presidência da República, e que, por tanto, não haveria a “necessidade” de torná-lo inelegível. Por óbvio, nada garante que em ficando apto às eleições, Bolsonaro abrirá mão de disputar a Presidência novamente.
A grande questão para quem quer a derrota do bolsonarismo em 2026 é saber se a disputa vindoura é melhor ou pior sem Bolsonaro. É que caso ele não concorra, por obvio haverá outro concorrente em seu lugar, que pode até mesmo ser mais forte que o próprio Bolsonaro, a exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Vale lembrar que toda a família de Bolsonaro também está na política, não faltando coelhos para se tirar da cartola. Sendo assim, quem quer a inelegibilidade de Bolsonaro, pode estar dando um tiro no pé.
Finais
Presidente do MDB de Sombrio, ex-prefeito Zênio Cardoso, já começou a trabalhar nos bastidores pelo projeto de reeleição da prefeita Gislaine Cunha (MDB). Depois que deixou o comando do executivo municipal, no final de 2020, Zênio disse que não iria mais se envolver com as questões político-eleitorais do município, onde milita, direta ou indiretamente, há mais de 40 anos. O ex-prefeito, no entanto, diz que o stress por estar de fora as vezes é maior do que o de estar dentro do processo. Na visão de Zênio, o princípio básico para se encaminhar a reeleição da atual prefeita é a manutenção da coligação que a elegeu em 2020. Ele, no entanto, aposta na ampliação desta aliança, por conta do que considera ser “o excelente trabalho que Gislaine vem fazendo frente à prefeitura”.
Deputado estadual Tiago Zilli (MDB) acredita que seu partido não deverá mais perder prefeitos para o PL do governador Jorginho Mello. Na visão dele, a ida do prefeito de Ermo, Paulo Della Vechia do MDB para o PL foi um caso isolado, motivado pelo alinhamento que o chefe do executivo já mantinha com o ninho liberal local e regional. Conforme Tiago, seu partido tem trabalhado no sentido contrário, visando o fortalecimento da sigla para a disputa municipal do ano que vem, como também para a disputa estadual de 2026. Na visão do deputado, o apoio que o MDB estadual vem dando do governador Jorginho Mello também acabará sendo um fator inibidor para a ida de outros prefeitos emedebistas para o PL, “pela parceria já existentes entre as duas siglas”.