Durante quatro anos as populações de Sombrio e Jacinto Machado solicitaram ao ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep) que promovesse a recuperação da SC 449, a Rodovia José Tiscoski, que liga os dois municípios e vai até Balneário Gaivota. O Governo do Estado, no entanto, fazia de conta que o assunto não era com ele, o que só fez com que o problema aumentasse cada vez mais, com buracos engolindo buracos. Por sua vez, com sete meses de governo, a atual gestão, comandada por Jorginho Mello (PL), recuperou todo o trecho entre Sombrio e Jacinto Machado, como também fez a revitalização do trecho entre Sombrio e o limite com Balneário Gaivota, que é de responsabilidade do Estado.
Não se trata de denegrir a imagem de um governo, e ressaltar a de outro. Trata-se de observar que quando o problema não é tão grave e existe boa vontade, ele pode ser resolvido. Carlos Moisés fez com que um contingente enorme de pessoas penasse sem necessidade. A exemplo de Jorginho, ele poderia ter resolvido o problema da José Tiscoski em poucos meses. Ao invés disto ficou vislumbrando a possibilidade de promover o recapeamento completo da rodovia, o que acabou nunca acontecendo, como, aliás, não aconteceram as maiorias das obras prometidas em seu governo, pelo menos não em nossa região. As provas estão aí: a rodovia Caminhos do Mar, em Balneário Gaivota, a SC 108, entre Jacinto Machado e Praia Grande, a ponte sobre o rio Araranguá, e por aí afora.
Do mesmo modo, há de se chamar a atenção da atual gestão para questões pontuais de nossa região, ligadas ao sistema rodoviário, como é o caso da necessidade da implantação de acostamento na SC 447, rodovia esta que liga Araranguá a Balneário Arroio do Silva, ou ainda a continuidade da ciclovia na José Tiscoski, no trecho que corresponde a Sombrio. A lista neste sentido, diga-se de passagem, não é pequena, mas, com boa vontade, praticamente tudo pode ser encaminhado e resolvido. O atual governo já provou isto.
Finais
Comando do Progressistas e do MDB de Praia Grande estão conversando, extraoficialmente, sobre a possibilidade da composição de uma chapa conjunta para disputar a prefeitura do município. Neste sentido, o Progressistas bancaria o projeto de reeleição do prefeito Fanica Machado (PP) e o MDB indicaria seu vice. O assunto ainda é restrito aos principais líderes dos dois partidos, e não foi discutido abertamente com as militâncias das legendas. Ainda que haja a efetivação de uma dobradinha entre Progressistas e MDB, isto não é garantia de chapa única em Praia Grande. O PT, por exemplo, tem mantido conversações para o lançamento de candidato a prefeito no município, motivado pelos bons resultados que historicamente a esquerda mantém em nível local. O projeto petista passaria pela formação de uma frente de esquerda para disputar o executivo municipal praiagrandense.
Título de Cidadão Honorário outorgado ao prefeito de Meleiro, Eder Mattos (PL), pela Câmara Municipal de Araranguá, ontem à noite, faz aumentar as especulações dando conta de que ele poderia transferir seu domicílio eleitoral para a Cidade das Avenidas, objetivando disputar a prefeitura do município ano que vem. Para isto, Eder teria que renunciar a Prefeitura de Meleiro. A articulação passaria por uma composição com o Progressistas, que indicaria seu candidato a vice, em uma chapa apoiada pelo governador Jorginho Mello (PL), tipicamente vocacionada a defesa do pensamento bolsonarista. Em que pese todo o burburinho neste sentido, Eder Mattos simplesmente descarta qualquer possibilidade de que o projeto de viabilize, ressaltando seu único projeto é terminar seu mandato e se dedicar a família e a iniciativa privada. Há de se ressaltar, também, possíveis impedimentos legais para uma manobra como esta.