Presidente Lula da Silva (PT) venceu o pleito eleitoral do ano passado sem folga. No segundo turno, emplacou 50,90% dos votos contra 49,10% do então presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo tato para a política ainda precisa ser muito lapidado. Mais alguns dias de campanha e é provável que Lula tivesse perdido. Passados cem dias de governo, é provável que hoje ele perdesse.
O problema de Lula é que ele ganhou o governo de forma estrangulada, sem folga, através de uma aliança política capenga. Em 2022, liberais e conservadores estavam em sua maioria com Bolsonaro, e não com o PT, como estiveram em 2002, 2006, 2010 e 2014. De olho em 2024, os mesmos liberais e conservadores continuam mantendo uma postura antipetista, flertando com Lula no Congresso Nacional, mas sem lhe declarar amor eterno, como fizeram num passado recente. O resultado deste conjunto de fatores é um governo morno, moribundo, sem ação política, e com grandes dificuldades de ações na economia, por conta da conjuntura internacional.
Lula e o PT vivem um grande paradigma. Eles não conseguirão trazer a direita para dentro da esquerda, como aconteceu no passado. Sendo assim, a única saída para criar liquidez no governo é levar a esquerda para a direita, o que acabará fortalecendo o bolsonarismo. Em linhas gerais, o governo não tem mais o dinheiro que tinha para cooptar aliados de cruz na testa, e se quiser estabilidade terá que se entregar aos “caprichos” da oposição. Ao fazer isto, fortalece a oposição.
Lula pode optar por não fazer nenhuma coisa, nem outra, apostando apenas em sua popularidade. Seu problema é que o crescimento econômico vegetativo do Brasil joga contra o PT. Se deixar o Brasil por conta, em pouco tempo ele será antipetista. É que qualquer um que ganhe R$ 2 mil por mês já achará que está rico.
Finais
Vereador Peri Soares (PP) diz que não abre mão de concorrer à Prefeitura de Sombrio no próximo ano. Ressalta que se não fizer isto pelo Progressistas, fará por outra legenda. Em princípio, o partido também conta com a disposição do bioquímico Cristian da Rosa de disputar o executivo. Em 2020 ele foi candidato a prefeito contra a prefeita eleita Gislaine Cunha (MDB). O Progressistas também conta com o nome do ex-prefeito Jusa Tiscoski da Silva, o Professor Jusa, sempre lembrado para embates municipais. Em princípio, o partido não carece de candidato, mas sim de unidade. Vale lembrar que o Progressistas irá enfrentar o projeto de reeleição da prefeita Gislaine Cunha, cuja popularidade é bastante alta, e que contará com o apoio direto do governador Jorginho Mello (PL), de quem já foi assessora.
Ex-secretário de Administração e Finanças de Timbé do Sul, Marlon Panatta colocou seu nome à disposição o MDB para concorrer ao executivo municipal no ano que vem. Ex-vereador pelo PSD, e considerado um dos principais articuladores da candidatura de Beto Biava (PP), em sua primeira eleição, em 2016, Marlon foi para a oposição e é considerado uma espécie de trunfo dos emedebistas. Em linhas gerais, ele seria o nome que uniria a oposição e ainda traria votos da situação para o projeto oposicionista. Convém lembrar que Ademilson Luiz (MDB), que concorreu a prefeitura em 2020, também é um dos nomes da oposição para enfrentar uma candidatura a ser apoiada pelo prefeito Beto Biava, que cumpre segundo mandato e não poderá ser candidato a reeleição.