Governador Jorginho Mello (PL) e o PSD catarinense ainda não se acertaram. Estão caminhando lado a lado, mas não se olham. Na atual legislatura, o PSD conta com apenas três deputados estaduais: Mário Motta, Júlio Garcia e Napoleão Bernardes, eleitos nesta ordem. O partido não tem nem de longe a força que tinha à época dos governos de Luiz Henrique da Silveira (MDB), de Raimundo Colombo (PSD) ou de Carlos Moisés da Silva (Rep). De todo modo, conta com a emblemática figura de Júlio Garcia, um dos grandes articuladores da política catarinense, responsável, dentre outras façanhas, por ter costurado a aliança que elegeu Mauro de Nadal (MDB) presidente da Assembleia Legislativa, passando por cima da articulação que vinha sendo feita por Jorginho Mello em torno do nome de José Milton Scheffer (PP).
Jorginho, por enquanto, tem feito acertos pontuais. Trouxe o Progressistas para dentro de sua gestão, acertou com a federação PSDB/Cidadania, conseguiu cooptar o MDB e fez diversos outros alinhavos. Com o PSD, no entanto, o jogo ainda permanece em aberto.
Nesta semana duas situações deixaram bem claro como anda a relação de Jorginho com o PSD. Na segunda-feira à tarde o governador deu posse ao deputado federal Ricardo Guidi (PSD) como Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde. A cúpula do PSD boicotou a cerimônia, num ato que na atualidade não se observa nem entre adversários políticos. No mesmo dia, à noite, duas chapas disputaram o comando da Prefeitura de Tubarão, em eleição indireta, realizada pela Câmara de Vereadores. Uma chapa, encabeçada por Jairo Cascaes (PSD), apoiada por Júlio Garcia. A outra, encabeçada por José Luiz Tancredo (MDB), apoiada por Jorginho Mello. Cascaes levou a melhor.
Em princípio, no que diz respeito a gestão estadual, o governador leva vantagem sobre Júlio Garcia, pois tem, literalmente, a caneta nas mãos, e, ao contrário do ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep), Jorginho entende de política. A figura de Júlio, no entanto, não pode ser menosprezada, por conta de seu poder de convencimento e aglutinação. O ideal para o Estado é que Jorginho e o PSD se acertassem de vez, evitando possíveis sobressaltos, desencadeados por Júlio Garcia, ao longo da atual gestão.
Finais
Por dez votos a cinco, Câmara Municipal de Vereadores de Tubarão elegeu Jairo Cascaes (PSD) e Moisés Nunes (PP) para serem respectivamente o novo prefeito e vice-prefeito do município. A dupla representa o grupo político do ex-prefeito Joares Ponticelli (PP), que renunciou ao mandato em meio a uma investigação de fraude em licitação, ligada ao recolhimento e destinação do lixo no município. Caio Tokarski (União), que era vice-prefeito, também renunciou. A vitória já era esperada porque o PSD de Jairo Cascaes, o Progressistas de Moisés Nunes, e o União Brasil, de Caio Tokarski, tinham em seu conjunto oito dos 15 votos. Além destes oito, também votaram com a dupla um vereador do Republicanos e outro do Cidadania.
Prefeito de Meleiro, Eder Mattos (PL), receberá hoje o título de Cidadão Honorário de Araranguá, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores. A proposição do título foi feita pelo vereador Samuel Duarte Nunes, o Samuca (PSD), “em reconhecimento aos serviços prestados por Eder à comunidade araranguaense”. O prefeito também possui residência em Araranguá e participa ativamente das atividades do município, especialmente daquelas ligadas à Igreja Católica. Em 2013, por exemplo, ele escreveu um livro contando a história da Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens. Atualmente, Eder Mattos cumpre seu segundo mandato consecutivo como prefeito. Ele também já foi vereador e presidência da Câmara Municipal meleirense.