Deputado estadual Jessé Lopes, do PL de Criciúma, causou polêmica nesta semana ao contestar a indicação da deputada federal Carmem Zanotto (Cidadania) para ocupar a Secretaria de Estado da Saúde, na gestão do governador eleito Jorginho Mello (PL). Esta articulação levará a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), que não foi reeleita neste ano, a permanecer na Câmara Federal, na cadeira conquistada por Carmem. Conforme Jessé, Geovânia não teria demonstrado ser uma bolsonarista convicta ao longo de seu mandato, e, portanto, não deveria ser beneficiada por um estratagema desencadeado por um governador ligado diretamente ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
A crítica de Jessé a decisão de Jorginho acabou lançando especulações quanto a seu voto, no que diz respeito a futura composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em eleição que acontecerá no dia 1º de fevereiro. Em princípio, o grupo de deputados mais proximamente ligado a Jorginho tem a intenção de unir PL, MDB, PSDB, PSD, além de outras legendas, em um projeto único, descarregando os votos, provavelmente, na candidatura de Mauro de Nadal (MDB) à presidência da Assembleia.
Paralelo a esta articulação, o deputado estadual José Milton Scheffer (PP) busca viabilizar um projeto próprio, que contaria com votos de uma mescla de parlamentares que votariam em uma chapa alternativa pelos mais diversos partidos. Neste contexto, Zé Milton nutre a expectativa que alguns dos atuais aliados do futuro governador não se manterão coesos ao projeto que visaria eleger Nadal. A pretensão de Zé Milton acaba tendo receptividade na ação desencadeada por Jessé Lopes, que, quando questionado sobre a possibilidade de votar no deputado sombriense, não a descarta. “O Zé Milton é um dos nomes que estão sendo avaliados para presidir a Assembleia Legislativa e eu não tenho divergências com ele. Apesar dele ter estado aliado com o governador Carlos Moisés, eu acredito que ele tenha perfil para presidir a Assembleia. A eleição dele é uma possibilidade, mas quem está conduzindo este processo em nome do PL é o deputado Ivan Naatz, então, vamos esperar os desdobramentos”, resume Jessé.
O deputado do PL também ressalta que não vê problemas na eleição de um presidente da Assembleia que não tenha o apoio explicito daquelas legendas mais ligadas a Jorginho. De acordo com ele, caso isto aconteça, o futuro governador não terá problemas de governabilidade. Conforme Jessé, o parlamento é um poder independente e, por conta disto, tem suas próprias diretrizes. “Nada disto afeta a base do governo”, ressalta. Na sua visão, independentemente de quem venha a ser o futuro presidente da Assembleia, o governador Jorginho Mello terá tranquilidade na relação com o legislativo estadual.
CIS/Amesc volta a regularizar sua situação fiscal
Depois de quase dois anos aos trancos e barrancos, Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amesc, o CIS/Amesc, finalmente está conseguindo regularizar sua situação fiscal. Ontem, o prefeito de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), que assumiu a presidência do órgão com o intuito de viabilizá-lo, divulgou nota dando conta que o Consórcio conseguiu a liberação de sua última Certidão Negativa de Débito, o que, de acordo com ele, era fundamental para a recuperação da entidade. De acordo com Almides, este é o primeiro passo para que o CIS/Amesc volte a andar com as próprias pernas, gerando economia para os municípios, na medida em que possibilita a compra de produtos e serviços na área de saúde a preços muito mais em conta para os municípios.
João Eduardo Nadal é escolhido por Moisés para Tribunal de Justiça
Governador Carlos Moisés da Silva (Rep) divulgou ontem a noite que o novo desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina será o advogado João Eduardo de Nadal. Ele é Mestre em Direito Constitucional, especialista em Direito Público e ex-assessor jurídico do Tribunal de Justiça. Também foi Diretor de Desenvolvimento Econômico de Santa Catarina e Conselheiro da CASAN. Atualmente é membro do Conselho de Administração da SC Participações e Parcerias. O nome de João de Nadal constava em uma lista sêxtupla, e depois em uma lista tríplice, que foi objeto de votação por parte dos advogados e de membros do MP catarinense. Em ambas ele foi o mais votado. Carlos Moisés apenas endossou a escolha que já havia sido feita, mantendo uma tradição no que diz respeito a indicação para o TJ.
