Durante sua passagem por nossa região na semana passada, governador Jorginho Mello (PL) fez questão de não fazer promessas concretas. Nesta linha, não se comprometeu com a continuação de nenhuma obra iniciada, e principalmente meramente lançada, pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep). Na prática, não quis trazer para si a responsabilidade daquilo que era compromisso de seu antecessor junto aos municípios.
É preciso, no entanto, contextualizar esta situação. Ainda em campanha, Jorginho disse que “o que está sendo tocado será finalizado”. Ressaltou que não seria “irresponsável em deixar pela metade o que já está em andamento”. Por conta destas afirmações, é plausível pensar que obras como a continuação da pavimentação da Serra do Faxinal, em Praia Grande, a pavimentação do trecho da Caminhos do Mar, em Balneário Gaivota, e a construção da ponte sobre o Rio Araranguá, próximo a barra, serão levadas adiante dentro de seus tempos. A grande questão é saber que tempo será este, já que, de acordo com o próprio governador, o cenário financeiro apresentado pelo então governador Carlos Moisés da Silva no final de sua gestão é bem diferente daquilo que foi encontrado pelo atual governo. No resumo da ópera, o que Jorginho está dizendo é que quer terminar tudo o que está em andamento, mas que não há recursos para isto, já que as demandas criadas pelo ex-governador foram muitas, e se espraiam por todo o Estado.
É muito provável que 2023 seja um ano meramente de análises por parte da equipe de Jorginho Mello. Um ano para colocar a casa em ordem, o que pode ser muito ruim para os prefeitos que estiveram muitos próximos a Carlos Moisés, e que apostaram juntamente em obras de vulto para emplacar seus projetos de reeleição. Será preciso criatividade para driblas as circunstâncias, e, principalmente, convencer o eleitor local que tudo o que está alinhavado será levado adiante, dentro de seu tempo.
Em relação às promessas de Carlos Moisés, estas devem ser esquecidas, mesmo que os protocolos de intenções já estejam assinados, e eles são muitos. O governo de Carlos Moisés acabou. Agora é o de Jorginho que está valendo, e ele fará sua própria gestão.
MDB quer Infraestrutura, mas com autonomia
MDB está louco para comandar Secretaria de Estado da Infraestutura, mas partido reclama que pasta já estaria muito amarrada ao gabinete do governador Jorginho Mello (PL). Político astuto, Jorginho tem feitos várias indicações para setores estratégicos da Infraestrutura como se fossem cotas pessoais. Isto não é convencional. Geralmente, o partido que assume uma Secretaria de Estado coloca seu staff dentro dela. Não deverá ser este o caso. A Superintendência de Infraestrutura e a Superintendência de Obras Civis e Hidráulicas, por exemplo, já estão ocupadas por indicações do governador. O MDB não teria direito a remanejamentos. Afora isto, há ainda que se definir qual nome emedebista iria para o comando da Secretaria. Os deputados Volnei Webber (MDB) e Jerry Comper (MDB) são os mais cotados, com o segundo levando vantagem nesta disputa interna do partido.
Andresa Ribeiro é cotada para 2024 em Araranguá
Prestes a ser oficializada pelo governador Jorginho Mello (PL) como a nova Gerente de Saúde da Amesc, Andresa Ribeiro (PL), que foi candidata a deputada estadual ano passado por nossa região, já figura como candidatíssima a Prefeitura Municipal de Araranguá em 2024. Em 2020 ela alcançou 5.071 votos em nível estadual, dos quais, 2.243 foram feitos somente na Cidade das Avenidas, o que correspondeu a 44,23% de sua votação total. Tratando-se de uma candidatura repentina, a votação foi expressiva, demonstrando claramente potencial de crescimento junto a população local com vistas ao próximo pleito. Por óbvio, Andresa prefere não se manifestar sobre o tema de forma tão prematura, mas os mais próximos já garantem que ela será um dos nomes a disposição dos araranguaenses para disputar o executivo municipal ano que vem.
